Para 2026, a projeção da
inflação também caiu, de 4,29% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as previsões são
de 3,9% e 3,7%, respectivamente.
A estimativa para este ano
está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite
inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Em agosto, puxada pela redução na conta de energia elétrica, a
inflação oficial ficou negativa, ou seja, deflação de 0,11%. Com o
resultado, o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,13%, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
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Juros básicos
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros - a Selic - definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e
indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os
fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, este mês.
A intenção do colegiado
é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual
“por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja
alcançada.
A estimativa dos analistas é
que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a
expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a
previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano,
respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa
básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de
definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro
e despesas administrativas.
Assim, taxas mais altas também
podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a
tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
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PIB e câmbio
Nesta edição do boletim Focus,
a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia
brasileira este ano foi mantida em 2,16%. Para 2026, a projeção para o
Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país)
ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em
1,9% e 2%, respectivamente.
Puxada pelas expansões dos
serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu
0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o
quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o
PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar
está em R$ 5,48 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda
norte-americana fique em R$ 5,58.
Agência Brasil
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