O senador Rogério Marinho vai
estar na movimentação do “Reaja Brasil” meia hora antes do seu início, que será
às 15 horas, em frente ao Shopping Midway. “Estamos convidando, inclusive
caravanas do interior do Estado, todos aqueles que estão indignados, como nós
estamos, com a maneira como o país está sendo tratado, com ataques às
liberdades individuais e essa questão da censura estabelecida”.
Rogério Marinho também cita a inconformidade das pessoas com “o desastre que o
país está sendo levado e imerso em função dessa administração temerária, pela
anistia, pelos impeachments do presidente Lula e do ministro Alexandre de
Moraes (STF)”.
Para Marinho, a manifestação, que também vai ocorrer em outras capitais do
país, “é o momento de ter coragem de colocarmos a nossa indignação”.
Candidatura
Em entrevista ao “Jornal da Manhã” da rádio Jovem Pan News Natal, na
sexta-feira (1º), Rogério Marinho voltou a se colocar como pré-candidato a
governador do Rio Grande do Norte, declarando que “a direita está unida, porque
quem representa a direita no Estado, somos nós do PL”.
Marinho informou que no fim do ano “fará essa avaliação com a cúpula nacional e
também vamos auscultar o povo do Rio Grande do Norte”, como já acontece com a
série de encontros regionais do Rota 22: “Já disse ao meu partido que estou
imbuído da convicção e da necessidade de me colocar à disposição do Estado para
o governo”.
O senador falou sobre as alianças que podem levar ao lançamento de uma chapa
única de oposição para governador do Estado em 2026. “A direita sabe que para
ganhar uma eleição sabe que é necessário buscar apoios, onde há convergência e
afinidade, que é o centro-direita, Alysson Bezerra (prefeito de Mossoró, do
União Brasil) e Álvaro Dias (ex-prefeito de Natal, do Republicanos), estão
nesse espectro da política, o União Brasil, a nível de país, faz parte do
governo do Lula. O PSD, a nível de Brasil, faz parte do governo do Lula, o PSD
que eu falei por causa da aliança com a senadora Zenaide Maia (presidente
estadual do partido)”.
Candidatos
Rogério Marinho disse, ainda, que “há uma confusão aqui, na imprensa local,
dizendo que há uma divisão da direita, não há divisão da direita, a direita tem
um pré-candidato e esquerda tem um pré-candidato, que é o Cadu Xavier
(secretário estadual da Fazenda, do PT). E existem pré-candidatos do centro e
centro-direita que são respeitáveis, ambos, inclusive, tanto o ex-prefeito
Álvaro como o prefeito Alysson, têm partidos políticos”.
Marinho disse que as outras pré-candidaturas “são candidaturas respeitáveis,
legítimas, que podem e devem buscar, da mesma forma como nós estamos fazendo,
essa união para chegarmos juntos. Nós queremos o apoio deles. Estamos dispostos
a nos compor”.
Porém, argumentou Marinho, as discussões de candidaturas ao Executivo em 2026,
“não são em torno de nomes, mas em torno de um projeto, que não pode estar
distante do que está acontecendo no Brasil. Não acreditamos nessa divisão de
que o Rio Grande do Norte tem que tratar-se de uma forma e o Brasil de uma
forma diferente”.
“Acho que o eleitor está cansado de ser enganado, das pessoas fazerem de conta
que são uma coisa aqui e agirem de uma forma diferente lá por conveniência
política, ou seja lá o que for”, continuou Marinho, para quem, por exemplo, “o
Rio Grande do Norte não dá para ser mais do mesmo. Faz 20 anos que o Rio Grande
do Norte desce a ladeira”.
Decadência
O presidente estadual do PL declarou que “se o povo do Rio Grande do Norte quer
continuar descendo a ladeira, é uma opção democrática, continuar governando
comemorando porque pagaram em dia salários dos trabalhadores do Estado. É um
direito do trabalhador do Estado receber em dia”.
“Em contrapartida, os hospitais sucateados, educação em último lugar, sem
proficiência e nenhum projeto que gere emprego e renda para os nossos jovens”,
exemplificou Marinho.
Para que mudanças possam ocorrer no Rio Grande do Norte, segundo Marinho, é
preciso “termos coragem de sermos disruptivos, não é possível que no final do
ano, em função do duodécimo, o Judiciário, o Ministério Público, a Assembleia
Legislativa, sobra dinheiro e ao invés de devolverem para o Estado, repactuam
com seus membros ou fazem outras ações”.
No entendimento de Marinho, o Executivo que “seria, teoricamente, aquele que
iria ter a responsabilidade de prover políticas públicas para o conjunto da
sociedade, é o primo pobre dessa partilha de recursos”.
O secretário nacional do PL destacou que “há 20 anos não tem um governador com
a coragem, com a legitimidade de sentar-se numa mesa, não é impor. É conversar
com os presidentes desses poderes e dizer, olha, cada um de vocês tem que dar a
sua cota de responsabilidade. Porque o Estado depende de todos nós”.
“Não dá para todos os anos um governador posar de bonzinho fazendo plano de
carreiras para funcionários públicos e faltar esparadrapo em hospital”,
acrescentou Marinho, que reiterou: “Uma coisa é pagar em dia o funcionário, uma
coisa é repor a inflação, outra coisa é fazer política com recursos que
pertencem ao conjunto da sociedade”.
Novo
Marinho também afirma que “não dá pra ter estruturas que são inservíveis, que
custam dinheiro ao contribuinte e ter estradas sucateadas, escolas sem
condições de proporcionar uma educação de qualidade”.
Um novo projeto político e administrativo para o Estado é o que se dispõe
Rogério Marinho: “Essa discussão estou disposto a fazer, só vou votar em alguém
que esteja disposto a fazer a discussão comigo, não dá mais para a gente fazer
de conta que vamos votar em alguém que é muito bonito, que é muito simpático,
que tem uma música interessante, e vamos continuar descendo a ladeira”.
Marinho não se coloca com demagogia à frente de projetos políticos que
proporcionou ao Estado “descer ladeira” por 20 anos. “Eu não sou o político e
nem vou ser o candidato por ser o mais simpático. Não sou. Tenho certeza. E não
vou ser aquele que vai dizer o que agrada ao politicamente correto”, avisou.
Julgamento
Rogério Marinho posicionou-se ainda contra o processo em curso no Supremo
Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu acho que o
Brasil está assistindo uma situação em que o direito está sendo cerceado, que é
uma jurisprudência de exceção. Nós ainda aguardamos e desejamos e lutamos por
uma decisão da política e dentro da Constituição”.
Para Marinho, mesmo que ocorra uma sentença desfavorável em relação a
Bolsonaro, que considera estar sob pré-julgamento no STF e se confirme sua
inelegibilidade na Justiça Eleitoral, a última palavra sobre o rumo de
candidatura do PL a presidente, será de Bolsonaro, que “é o maior líder popular
da direita e do Brasil e tem, inegavelmente, um acervo e tem uma influência
sobre grande parte da sociedade brasileira, que se viu representada por quem é
Bolsonaro”.
Segundo Marinho, Bolsonaro “é um fenômeno que as pessoas tendem a minimizar,
mas ele representa o sentimento do brasileiro comum, aquele que preza a sua
família, quer a segurança pública, que é contra a corrupção e o estado
gigantesco, que só cria dificuldades e burocracia, que impede o
empreendedorismo”.
Crise
Com relação aos acontecimentos políticos e econômicos, que resultaram no
“tarifaço” de 50% dos Estados Unidos a 39% dos produtos exportados pelo Brasil
pra aquele país, que adiou sua entrada em vigor para o fim desta semana,
Rogério Marinho disse que o momento “é desafiador” para o Brasil, em que “a
maior economia do mundo se volta contra o país por diversos motivos, mas
claramente há um, além do motivo econômico, motivo político”.
Marinho disse que “há que se ter muita maturidade nesse momento, porque quem
pode ser prejudicado nesse embate é a população. Então, independente de
qualquer coisa, quem governa o país, mesmo que contestado por nós da direita, é
o presidente Lula. Então é importante que o Lula entenda que ele precisa descer
do palanque. E pare de proferir bravatas, se jactar, fazer gracinhas, e entenda
a gravidade do assunto que nós temos debruçado”.
“Eu tenho dito que o presidente Lula tem se notabilizado em buscar um projeto
de perpetuação do poder, e não um projeto de país, de Estado, de nação. Não é à
toa que nos últimos 20 dias ele ficou tão animado, que de repente surgiu um
inimigo externo, e esse inimigo externo, que está sendo colocado como inimigo
do Brasil, fez com que o Lula subisse o tom e as consequências nós não sabemos
ainda quais serão”, disse.
Segundo Marinho, “por isso que é importante contextualizar o que está
acontecendo agora. Nós estamos no meio de uma crise, após as tarifas impostas
ao Brasil, mas foram impostas a dezenas de outros países do mundo, mas não com
esse tempero”.
Mas o mais grave, apontou Marinho, é a aplicação da Lei Magnitsky, que “ombreia
o ministro Alexandre de Moraes a ditadores seminários, a perpetradores de
crimes contra a humanidade, contra direitos humanos. Isso para mim é muito mais
grave, porque desnuda e coloca a luz sobre o que está acontecendo
intestinamente no Brasil em relação à falta de imparcialidade necessária do
nosso Poder Judiciário”.
“Acho que isso é muito mais grave, porque a questão econômica se resolve numa
mesa de negociação. questão política é mais séria porque vai precisar ou vai
necessitar que os poderes entendam que cada um tem que dar a sua cota de
contribuição e maturidade para resolver o problema”, avisou Marinho.
Tribuna do Norte

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