Aluízio nasceu em Angicos, a
175 quilômetros de Natal, em 1921. Filho de Manuel Alves Filho e Maria
Fernandes Alves, fez o curso primário, de 1926 a 1930, em Angicos, e os estudos
secundários de 1933 a 1940, em Natal e Fortaleza. Ainda criança fundou o jornal
O Clarim.
“Desde muito cedo, ainda
menino, despertara em mim o desejo de ser jornalista. Usando uma máquina de
escrever da casa comercial do meu pai, editei, na cidade de Angicos, durante as
férias de fim de ano de 1932, o jornal O Clarim”, escreveu na edição de 50 anos
da TN.
Na política, Aluízio foi eleito deputado federal (1946-1951), sendo o mais
jovem membro da Assembleia Constituinte de 1946. Em 1961, com uma campanha
memorável ao criar novos símbolos, como lenços, galhos e a inseparável camisa
verde, foi eleito governador do Rio Grande do Norte ao vencer as eleições com
121.076 votos.
Entre os feitos à frente do Estado, Aluízio foi o responsável por inaugurar a
primeira etapa da linha de transmissão da Companhia Hidrelétrica do São
Francisco (Chesf), que trouxe energia elétrica para o Rio Grande do Norte. Em
1969, Aluízio teve o mandato cassado pelo AI-5, quando exercia o quinto mandato
parlamentar (1967-1971), mas manteve influência política ao ingressar no MDB em
1970.
Na comunicação, em 1949, assumia o cargo de redator chefe do jornal, “Tribuna da Imprensa”, de propriedade de Carlos Lacerda, e em 1950, fundava esta TRIBUNA DO NORTE. Jornalista talentoso, combatente, escritor, orador fluente levantava o povo em praça pública, liderava passeatas pelas madrugadas adentro. Em 1958, escreveu “A recuperação do Nordeste”, propondo já então nova e moderna política de crédito rural, para substituir, como ele sempre combatera, as frentes de emergência contra os efeitos da seca. Aluízio Alves faleceu em 6 de maio de 2006, vítima de uma isquemia cerebral.
Tribuna do Norte

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