“Muito provável que [ela tenha
sequelas] sim. Na maioria dos pacientes a gente consegue fazer uma união
perfeita dos ossos. E nessa situação a gente teve muitos fragmentos distantes
um dos outros, mesmo com as fixações. Então, tivemos que usar placas mais
rígidas”, disse o especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-faciais.
A intervenção foi considerada
complexa e durou duas horas a mais que o previsto, chegando a sete horas. As
informações foram repassadas em entrevista coletiva no Hospital Universitário
Onofre Lopes (HUOL/Ebserh) na noite desta sexta-feira (1°).
“A Juliana tem um aspecto
importante porque ela tem uma reabsorção óssea na face maior do que o padrão
para o esperado da idade. Então em algumas regiões os ossos eram frágeis
semelhantes a cascas de ovo. Isso dificultou muito porque montávamos um arcabouço
ósseo em determinada região, muitas vezes tínhamos que reavaliar e ver se
aquilo poderia se manter firme com as placas de parafuso utilizadas”, explicou
o cirurgião.
Ainda segundo os responsáveis
pela cirurgia, a paciente está sedada se recuperando da cirurgia e deve receber
alta em até dois dias. Ela será acompanhada nos próximos dois meses para
avaliar possíveis sequelas e eventuais novas necessidades de procedimentos. A
cirurgia contou com 10 profissionais, entre anestesista, profissionais de
enfermagem e residentes. Ao todo, foram 7 horas de intervenção cirúrgica. A
previsão inicial eram de 4h30 a 5h. Segundo o cirurgião, a cirurgia foi
considerada complexa pelas múltiplas fraturas da paciente.
“O procedimento começou com
previsão 5h, mas tivemos algumas dificuldades inicialmente porque no nosso
julgamento, algumas partes da fratura estavam muito difíceis de serem
abordadas, reduzidas e fixadas no local correto. Acabamos perdendo muito tempo
com esse tipo de abordagem porque haviam muitas fraturas. O caso foi muito
grave do ponto de vista de trauma”, disse.
Veja vídeo:
Tribuna do Norte

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