O otimismo do varejo ainda
deve implicar contratação do maior contingente de trabalhadores temporários
para o período em 12 anos. A entidade estima que a oferta deve ser de 11.530
vagas para atender à demanda sazonal, com hiper e supermercados liderando a
busca por pessoal, com 5,2 mil postos, seguido por lojas de utilidades
domésticas e eletroeletrônicos, com 2,01 mil vagas, e lojas de vestuário, com
1,93 mil vagas.
Roupas devem liderar intenções
de compra
Quanto às vendas, as roupas
devem ser o presente mais procurado para a ocasião. O segmento deve faturar
sozinho R$ 3,23 bilhões, com os produtos de perfumaria e cosmético ocupando a
segunda colocação na preferência dos consumidores, somando R$ 1,57 bilhão,
pouco à frente dos itens de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, cujo
faturamento deve ser de R$ 1,26 bilhão. Juntos, esses três segmentos devem
corresponder a quase 77% das vendas totais.
“Os sinais de fortalecimento
do mercado de trabalho, aliados à expansão real da massa de rendimentos, criam
condições propícias para que o varejo alimente a boa expectativa. A confiança
do consumidor também tem melhorado pouco a pouco, permitindo ao empresário
planejar contratações temporárias como não víamos há mais de uma década”,
avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Cesta de consumo da data mais
cara
A pesquisa mostra que, dos 13
grupos de bens e serviços impactados pela data, três devem apresentar recuo nos
preços na comparação anual, com televisores (-1,0 %),
bebidas alcoólicas (-1,3 %) e aparelhos telefônicos
(-1,5 %) pesando menos no
bolso. No sentido oposto, aparecem alimentação fora
de casa (+8,2 %), livros
(+6,0 %) e perfumes (+5,5 %) no “top 3” das altas. No agregado, a cesta do Dia dos Pais deve encarecer
5,8 %, acima dos 5,0 % do IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) no período, o que reforça a importância da
pesquisa das famílias.
“Mesmo com uma variação de
preços acima do IPCA na cesta típica da data, a queda de itens de alto valor
agregado, como televisores e smartphones, ajuda a preservar o poder de compra e
estimula presentes de maior ticket médio”, projeta o economista-chefe da CNC,
Fabio Bentes.
Segundo a CNC, o salário médio
de admissão para os temporários deverá ficar em R$ 1.890, com um avanço nominal
de 5,5 % sobre 2024, e a
taxa de efetivação após o período promocional pode chegar a 15 %,
o maior percentual desde 2021. A combinação de
vendas aquecidas com o quadro inflacionário sob
controle abre a oportunidade de converter parte desses temporários em vínculos permanentes, fortalecendo o
emprego no comércio ao longo do segundo semestre.
Tribuna do Norte

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