Em nível nacional, o comércio
ampliado obteve alta de 1,1% em maio, quase três vezes o patamar potiguar. No
Nordeste, o Rio Grande do Norte ficou atrás da maioria dos estados: apenas o
Maranhão, com queda de 1,4%, e a Bahia, com recuo de 0,6%, tiveram desempenho
inferior; enquanto Paraíba, Alagoas e Pernambuco registraram altas de 6,1%,
4,8% e 4,1%, respectivamente.
No acumulado de janeiro a maio
de 2025, o RN registra crescimento de 1,3%, frente aos 6,5% registrados no
mesmo período de 2024, indicando perda de fôlego no ritmo de expansão do
consumo.
Famílias mais cautelosas
A inflação mais elevada e o
custo de crédito mais alto, por conta da alta dos juros, aliado ao menor
dinamismo do mercado de trabalho e aumento da carga tributária local tem
imposto maior cautela às famílias na hora das compras, de acordo com a
Fecomércio-RN.
Segundo o Instituto, se o
atual ritmo persistir, o varejo potiguar deve encerrar 2025 com crescimento
entre 1,5% e 2%, patamar abaixo da média nacional, estimada em alta de cerca de
3%, e distante dos 6,1% registrados em 2024. Uma retomada mais consistente
dependerá da manutenção da massa de renda, da melhora da confiança e de
estímulos ao crédito — aspectos ainda frágeis no contexto potiguar.
Varejo nacional
As vendas no comércio
varejista no país, na passagem de abril para maio, variaram -0,2%, mantendo o
índice no campo da estabilidade pelo segundo mês consecutivo (-0,4% em abril).
Com isso, a média móvel trimestral foi de 0,1% no trimestre encerrado em maio.
Na comparação com maio de 2024, houve alta de 2,1% no volume de vendas. No
indicador dos últimos doze meses, o ganho foi de 3,0% e no acumulado no ano,
2,2%.
No comércio varejista
ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e
atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de
vendas cresceu 0,3% em maio.
O cenário, considerado de
estabilidade, pode ser explicado pelos resultados de março, quando o índice
atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. “É o
efeito base, ou seja, estabilidade depois de alta, não sendo uma alta qualquer,
haja visto que março é o topo da série, além do recuo do crédito à pessoa
física”, esclarece o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos.
Segundo o levantamento, houve
altas no volume de vendas de cinco das oito atividades investigadas:
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%),
Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e
de perfumaria (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Hiper,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

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