Segundo o ministro, o embate
entre o Executivo e o Legislativo é “indesejável” e contraria a independência
dos Poderes. Ele afirmou que a Constituição não admite um decreto legislativo
contra decretos do governo que não regulamentam uma lei. E ressaltou que os
partidos políticos deveriam ter acionado o STF para questionar a decisão do
governo Lula de aumentar o IOF e não sustar a medida por meio de um decreto
legislativo.
Na terça-feira, dia 1º, o
governo Lula acionou o STF para tentar manter em vigor os decretos que
aumentaram o IOF. A decisão foi do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após
avaliação da Advocacia-Geral da União (AGU).
Os decretos foram derrubados
pelo Congresso na semana passada, em uma derrota do governo Lula, que contava
com o aumento no IOF para cobrir o rombo nas contas públicas.
Jorge Messias, ministro da
Advocacia-Geral da União, afirmou que o Congresso Nacional não poderia ter
sustado “de modo algum” o decreto presidencial que altera regras de cobrança do
IOF. “Considerando que a Ação Declaratória de Constitucionalidade visa exatamente
preservar a integridade, a higidez do ato praticado pelo chefe do Poder
Executivo, a conclusão lógica é que este decreto continuaria válido. Portanto,
ele não poderia ter sido, de modo algum, suspenso por ato do Congresso
Nacional”, disse.
Estadão Conteúdo

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