Segundo o Observatório da
Energia Solar, que condensa dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), a classe de consumo residencial é majoritariamente a com mais conexões
no RN, com 84,8% das ligações. Na sequência, vêm as conexões Comercial e Rural,
com 11,3% e 3,1%, respectivamente.
Para o economista e criador do
Observatório da Energia Solar, José Maria Villar, a avaliação do setor é
positiva, com o Estado crescendo praticamente ano a ano sem interrupções, com
exceção de 2023. Segundo ele, o crescimento contínuo indica que a tecnologia
foi “plenamente absorvida e adotada pela população do RN e segmentos
empresariais”. Além disso, Villar aponta que quando se compara o desempenho do
RN com o restante do país, a constatação também é positiva: no primeiro
semestre do ano, a quantidade de conexões cresceu 20,6% em relação ao total de
conexões realizadas em 2024, enquanto o Nordeste cresceu 18,5% e o Brasil
15,2%.
“O setor de geração de energia
solar distribuída vem apresentando um crescimento contínuo em todos os anos, à
exceção de 2023, que apresentou pequeno decréscimo. A queda nos preços dos
equipamentos, verificada de forma continuada, ano a ano, certamente tem sido o
principal fator de crescimento do setor, aliado à disponibilização de
financiamento”, diz. “Nos últimos 4 meses, a média de conexões/mês manteve-se
praticamente igual, em torno de 2.700 conexões/mês, indicando uma possível
estabilização do mercado, mas que apenas os meses restantes do ano poderão
confirmar ou não”, complementa Villar.
Segundo o presidente da
Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper), Williman Oliveira, o
crescimento era esperado em especial para empreendedores em todo o Estado. “Já
era esperado esse crescimento. A energia é fator de peso no orçamento do cidadão,
assim como do micro e pequeno empresário. Pelo interior do RN se vê o tempo
todo telhados cobertos de placas solares; a economia é inegável e quem não
investiu ainda está perdendo dinheiro na mesa”, diz Williman Oliveira.
O presidente mantém
perspectivas positivas para o restante do ano. “A cada ano o mercado vai se
moldando a novas tecnologias, seja no investimento em energia solar residencial
ou em mobilidade. Com o carro elétrico em expansão, evidente que a solar junta
o útil ao econômico. O ano de 2025 será um grande ano. O setor precisa se
preparar que o último trimestre, com o calor, as vendas também aumentam”,
finaliza Oliveira.
Tribuna do Norte

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