Ao todo, serão cerca de 500
toneladas de alimentos, entre in natura e processados. Este ano,
inclusive, os visitantes poderão experimentar 11 agroindustrializados que serão
novidades dos feirantes e também 100 pratos preparados no âmbito da Culinária
da Terra.
Débora Nunes, da coordenação
nacional do MST, disse que o evento completa uma década sendo uma expressão da
luta do movimento. Segundo ela, a feira, que resulta do esforço de mais de 2
mil membros do MST, entre feirantes, articuladores e equipes de trabalho,
também serve como espaço de argumentação a favor dessa mobilização.
Outra função da feira, segundo
a líder, é a de ser um portal de conhecimentos sobre o que é alimento saudável
e nutritivo de fato e o que é agroecologia. Para Débora, dentro da
discussão sobre a segurança alimentar, é necessário se assimilar uma
compreensão básica, a de que "bens comuns da natureza não podem ser
comercializados".
"O acesso à terra, a
reforma agrária não podem e nem devem ser assunto, demanda apenas dos
trabalhadores e trabalhadoras rurais. A realização da reforma agrária impacta o
conjunto da sociedade, sobretudo, quem vive na cidade, porque o êxodo rural, a
expulsão de famílias do campo deságua na cidade", observou ela, em
coletiva de imprensa.
Programação
De acordo com a organização da
feira, a programação artístico-cultural contará com 253 artistas de
assentamentos e acampamentos e mais de 30 apresentações. Outro destaque
são as doações de 25 toneladas de alimentos produzidos pelos camponeses e que
serão distribuídos entre pelo menos 50 entidades da capital paulista.
Uma outra remessa de doação
será a de sementes, que serão enviadas na esfera do plano nacional do MST
Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.
Quem comparecer à feira irá se
deparar com um ambiente de fraternidade e generosidade, assegura Márcio Santos,
também da coordenação nacional do movimento. Ele argumenta que solidariedade é
um princípio intrínseco a tudo que gira dentro do MST, que defende a proposta
de se ter um modelo alternativo de produção, caracterizado, entre outras
coisas, pelo comércio justo e a defesa dos biomas.
"Aqui vão encontrar vida,
dignidade, fartura. Comida em abundância, sucos em abundância. Isso representa,
na verdade, a produção camponesa. Temos uma mostra de um outro tipo de
agricultura, que estamos propondo, que é baseada na matriz da agroecologia, que
é todo um contexto, que é a biodiversidade, como a gente chama",
explica.
Serviço
5ª Feira Nacional da Reforma
Agrária
De 8 a 11 de maio, das 8h às
21h
Parque da Água Branca, São
Paulo - SP
Agência Brasil

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