Para o Coronel Azevedo, a
vinda de uma pessoa de confiança do presidente Xi Jinping “é para ensinar como
se faz censura na ditadura”. Já o deputado José Dias acha que na visão de Lula,
a sua visita à China foi um sucesso, mas na verdade, quis “trazer a tecnologia
de ditadura mais moderna do mundo”.
Coronel Azevedo disse que Lula
quer “importar para o nosso país um modelo de censura da China Um país onde não
há liberdade de expressão, onde o Facebook, o Instagram, o Twitter, o Google, a
Wikipédia Tudo está bloqueado pelo governo chinês Um regime onde os cidadãos
vivem sob constante vigilância E qualquer crítica ao governo é silenciada”.
Segundo Azevedo, a declaração
do presidente da República “é um escândalo sem precedentes e Lula não disfarça
mais o autoritarismo”.
Enquanto isso, alertou
Azevedo, a governadora Fátima Bezerra (PT) que colocou o Rio Grande do Norte
nas últimas posições de competitividade, inclusive na área da educação, disse
recentemete, que a eleição de 2026 “vai ser entre democracia versus autoritarismo”.
Na avaliação de Azevedo, o que
ocorreu em Pequim “não é política pública, isso é perseguição ideológica, é
censura institucionalizada, A política institucionalizada é uma ameaça direta à
liberdade de expressão, à pluralidade de ideias, à própria democracia”.
O deputado Coronel Azevedo
entendeu que o presidente “não quer combater fake news, quer calar a oposição,
quer um ambiente digital onde só a voz do governo seja ouvida e qualquer voz
divergente seja apagada, bloqueada, silenciada”.
“Estamos vendo em tempo real o
projeto de poder autoritário do PT ser implementado passo a passo. o primeiro
foi a tentativa de criar uma regulamentação, uma regulação da mídia depois o
uso indevido da AGU para proteger a imagem de Janja como se a Advocacia Geral
da União fosse um escritório particular do casal presidencial”, acrescentou.
Agora, adiantoou Azevedo, a
tentativa de trazer para o Brasil a censura institucionalizada na China, “é
incompatível com os princípios do Estado Democrático de Direito. É uma afronta
ao artigo 5º da nossa Constituição Federal, que garante a livre manifestação do
pensamento e ao artigo 220 que veda qualquer tipo de censura prévia”.
“O povo conservador que Janja
e Lula tanto querem calar é exatamente o povo que sustenta esse país. É o povo
que trabalha, que paga os impostos, que sustenta os programas sociais. E ainda
tem que assistir calado ao avanço de um autoritarismo disfarçado de regulação”,
avisou Azevedo.
O deputado Jose Dias disse que
o governo Lula “quer importar muita coisa” da China, inclusive, “esse controle
das mídias sociais” defendido também pela primeira dama, Janja, o que foi
confirmado por membros da comitiva presidencial em Pequim, mas pelo próproio
presidente da República.
“Lula não achou que foi errado
ela ter feito aquelas maluquices que fez não, apenas acha errado e se indignou
porque os ministros dele ou membros do Congresso Nacional ligaram para o
jornalista para dar as notícias que realmente é um escândalo mundial”, criticou
Dias.
Na opinião de José Dias, o
fato do presoidente Lula “pedir ao companheiro uma pessoa que fosse
especialista em censura, em ditadura, para vir dar umas aulas aqui com o
pessoal do Brasil, é um verdadeiro absurdo”.
Dias considera que o Brasil
está “ridicularizado” perante o mundo, relantando que até o novo papa, Leão
XIV, “defendeu a liberdade de expressão e se insurbordina contra a prisão de
jornalistas que estão tendo em vários países, inclusive no Brasil”.
Declarações da primeira-dama, Janja
da Silva, durante reunião da comitiva com presidente da China, Xi Jinping foram
vazadas | Foto: Ricardo Stuckert PR
Janja diz que foi vítima de
machismo
A primeira-dama Janja da Silva
declarou ter sido vítima de machismo e misoginia depois do vazamento de suas
declarações sobre a rede social Tiktok durante reunião da comitiva brasileira
com o presidente da China, Xi Jinping (PCCh). “Vejo machismo e misoginia da
parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que
aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me
entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres”, declarou a
primeira-dama à CNN Brasil.
Na terça-feira (13), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se irritou com o vazamento à imprensa
de uma pergunta que disse ter feito a Xi Jinping (PCCh) sobre o TikTok
–controlado pela empresa chinesa ByteDance. Lula afirmou que o questionamento
partiu dele e não da primeira-dama Janja da Silva, mas confirmou que sua mulher
pediu a palavra para falar durante reunião.
A jornalistas em Pequim, o
presidente disse que perguntou ao presidente chinês sobre a possibilidade de
enviar um representante “de confiança” do governo do país asiático para
discutir a regulamentação das plataformas digitais, incluindo o TikTok. “E aí,
a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil,
sobretudo contra as mulheres e contra as crianças”, declarou.
Na ocasião, o presidente
também afirmou que o vazamento deveria ter partido de alguém da comitiva
brasileira que o acompanhava.
“Como é que essa pergunta
chegou à imprensa? Porque estavam só os meus ministros lá, o Alcolumbre e o
Elmar. Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que
teve em um jantar, que era uma coisa muito, muito confidencial e muito pessoal.
Eu que fiz a pergunta, não foi a Janja […] A pergunta foi minha, e eu não me
senti incomodado. O fato da minha mulher ter pedido a palavra é porque a minha
mulher não é cidadã de 2ª classe. Ela entende mais de rede digital do que eu”,
disse.
Tribuna do Norte

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