sexta-feira, 16 de maio de 2025

Deputados: “Pedido de Lula é uma ameaça à democracia”

O pedido do presidente Lula ao goveno chinês para enviar emissário ao Brasil a fim de regular redes sociais, por ocasião de sua recente viagem à China, do ponto de vista dos deputados Coronel Azevedo e José Dias (PL), é um ataque à democracia do país.

Para o Coronel Azevedo, a vinda de uma pessoa de confiança do presidente Xi Jinping “é para ensinar como se faz censura na ditadura”. Já o deputado José Dias acha que na visão de Lula, a sua visita à China foi um sucesso, mas na verdade, quis “trazer a tecnologia de ditadura mais moderna do mundo”.

Coronel Azevedo disse que Lula quer “importar para o nosso país um modelo de censura da China Um país onde não há liberdade de expressão, onde o Facebook, o Instagram, o Twitter, o Google, a Wikipédia Tudo está bloqueado pelo governo chinês Um regime onde os cidadãos vivem sob constante vigilância E qualquer crítica ao governo é silenciada”.

Segundo Azevedo, a declaração do presidente da República “é um escândalo sem precedentes e Lula não disfarça mais o autoritarismo”.

Enquanto isso, alertou Azevedo, a governadora Fátima Bezerra (PT) que colocou o Rio Grande do Norte nas últimas posições de competitividade, inclusive na área da educação, disse recentemete, que a eleição de 2026 “vai ser entre democracia versus autoritarismo”.

Na avaliação de Azevedo, o que ocorreu em Pequim “não é política pública, isso é perseguição ideológica, é censura institucionalizada, A política institucionalizada é uma ameaça direta à liberdade de expressão, à pluralidade de ideias, à própria democracia”.

O deputado Coronel Azevedo entendeu que o presidente “não quer combater fake news, quer calar a oposição, quer um ambiente digital onde só a voz do governo seja ouvida e qualquer voz divergente seja apagada, bloqueada, silenciada”.

“Estamos vendo em tempo real o projeto de poder autoritário do PT ser implementado passo a passo. o primeiro foi a tentativa de criar uma regulamentação, uma regulação da mídia depois o uso indevido da AGU para proteger a imagem de Janja como se a Advocacia Geral da União fosse um escritório particular do casal presidencial”, acrescentou.

Agora, adiantoou Azevedo, a tentativa de trazer para o Brasil a censura institucionalizada na China, “é incompatível com os princípios do Estado Democrático de Direito. É uma afronta ao artigo 5º da nossa Constituição Federal, que garante a livre manifestação do pensamento e ao artigo 220 que veda qualquer tipo de censura prévia”.

“O povo conservador que Janja e Lula tanto querem calar é exatamente o povo que sustenta esse país. É o povo que trabalha, que paga os impostos, que sustenta os programas sociais. E ainda tem que assistir calado ao avanço de um autoritarismo disfarçado de regulação”, avisou Azevedo.

O deputado Jose Dias disse que o governo Lula “quer importar muita coisa” da China, inclusive, “esse controle das mídias sociais” defendido também pela primeira dama, Janja, o que foi confirmado por membros da comitiva presidencial em Pequim, mas pelo próproio presidente da República.

“Lula não achou que foi errado ela ter feito aquelas maluquices que fez não, apenas acha errado e se indignou porque os ministros dele ou membros do Congresso Nacional ligaram para o jornalista para dar as notícias que realmente é um escândalo mundial”, criticou Dias.

Na opinião de José Dias, o fato do presoidente Lula “pedir ao companheiro uma pessoa que fosse especialista em censura, em ditadura, para vir dar umas aulas aqui com o pessoal do Brasil, é um verdadeiro absurdo”.

Dias considera que o Brasil está “ridicularizado” perante o mundo, relantando que até o novo papa, Leão XIV, “defendeu a liberdade de expressão e se insurbordina contra a prisão de jornalistas que estão tendo em vários países, inclusive no Brasil”.

Grupo de pessoas na frente de uma torre

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.Declarações da primeira-dama, Janja da Silva, durante reunião da comitiva com presidente da China, Xi Jinping foram vazadas | Foto: Ricardo Stuckert PR

Janja diz que foi vítima de machismo

A primeira-dama Janja da Silva declarou ter sido vítima de machismo e misoginia depois do vazamento de suas declarações sobre a rede social Tiktok durante reunião da comitiva brasileira com o presidente da China, Xi Jinping (PCCh). “Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres”, declarou a primeira-dama à CNN Brasil.

Na terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se irritou com o vazamento à imprensa de uma pergunta que disse ter feito a Xi Jinping (PCCh) sobre o TikTok –controlado pela empresa chinesa ByteDance. Lula afirmou que o questionamento partiu dele e não da primeira-dama Janja da Silva, mas confirmou que sua mulher pediu a palavra para falar durante reunião.

A jornalistas em Pequim, o presidente disse que perguntou ao presidente chinês sobre a possibilidade de enviar um representante “de confiança” do governo do país asiático para discutir a regulamentação das plataformas digitais, incluindo o TikTok. “E aí, a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e contra as crianças”, declarou.

Na ocasião, o presidente também afirmou que o vazamento deveria ter partido de alguém da comitiva brasileira que o acompanhava.

“Como é que essa pergunta chegou à imprensa? Porque estavam só os meus ministros lá, o Alcolumbre e o Elmar. Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que teve em um jantar, que era uma coisa muito, muito confidencial e muito pessoal. Eu que fiz a pergunta, não foi a Janja […] A pergunta foi minha, e eu não me senti incomodado. O fato da minha mulher ter pedido a palavra é porque a minha mulher não é cidadã de 2ª classe. Ela entende mais de rede digital do que eu”, disse.

Tribuna do Norte

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