“As medidas adotadas ao longo
dos dois últimos anos e meio, mesmo sendo consideradas austeras, além de
necessárias, se comprovaram eficazes. Elas possibilitaram priorizar objetivos,
reformular serviços, reduzir despesas e aumentar receitas”, disse Peixoto, em
cerimônia de apresentação do balanço da estatal no ano passado.
O presidente dos Correios
ressaltou que a empresa conseguiu crescer, apesar dos obstáculos impostos pela
pandemia. “Consideremos que, em 2021, ocorreu a maior Black Friday dos últimos
anos no que se refere ao volume de encomendas. Mesmo com as dificuldades
inerentes à pandemia, toda a demanda decorrente do aumento de transações no
período foi absorvida pelos Correios”, destacou.
Peixoto comparou a evolução da
empresa desde o início da gestão, em junho de 2019. Na época, disse ele, a
empresa corria o risco de tornar-se dependente do Tesouro Nacional. Como
medidas para recuperar as finanças da companhia, ele citou ajustes na direção
da administração central e das superintendências estaduais, planejamento
econômico para sanear a empresa em seis meses, suspensão de contratos de
consultoria e revisão dos maiores contratos.
Ele também mencionou a reavaliação
das condições das diretorias e o estreitamento do contato com órgãos federais,
como Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União,
Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal, entre outros.
Saúde financeira
O presidente da estatal evitou
comentar o processo de privatização dos Correios. Apenas disse que a
empresa hoje tem condições de competir no mercado. “Embora a saúde
financeira da estatal hoje esteja em melhor situação que a verificada
há três anos e ainda não tenha atingido o patamar necessário para garantir a
perenidade dos negócios, é possível afirmar que o alcance de taxas de
crescimento equivalentes ou superiores às do mercado se dará com mais rapidez”,
declarou.
Em relação aos gastos com
pessoal, a empresa ressaltou que as mudanças no acordo coletivo de trabalho dos
empregados proporcionaram economia de cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano. Além
disso, os dois planos de demissão incentivada efetuados durante a gestão atual
resultaram em economia de R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento.
A empresa apresentou metas de
médio e longo prazo, apesar do programa de privatização em curso. Nos próximos
cinco anos, a estatal quer dobrar o volume de encomendas, o resultado da
receita, triplicar o patrimônio líquido; manter em dois dígitos a margem Ebtida
(lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). No ano passado,
os Correios registraram Ebtida de R$ 3,1 bilhões, crescimento de 113% em
relação a 2020.
Edição: Maria Claudia/AgenciaBrasil
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