Integrantes do grupo
majoritário da CPI da Covid decidiram
evitar novos confrontos com as Forças Armadas e com a Polícia Federal.
Segundo relatos feitos
ao blog, senadores avaliaram que manter a tensão com essas instituições
seria cair numa "armadilha", que só interessa ao presidente Jair
Bolsonaro.
Em 7 de julho, o presidente da
CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que há membros do
"lado podre das Forças Armadas" envolvidos com "falcatrua" no
governo. Em resposta, o Ministério da Defesa e os comandos das Forças Armadas
disseram que Aziz foi "leviano"
e "irresponsável".
Dias depois, em 13 de julho,
Aziz questionou
ações da Polícia Federal às vésperas de depoimentos à CPI. Em
resposta, a PF disse que age de forma
imparcial e que não protege nem persegue.
Para a CPI, esse tipo de
atrito tem sido estimulado pessoalmente pelo próprio Bolsonaro. Segundo
senadores, a nota da
Defesa sobre Aziz, por exemplo, teve a digital direta do
Palácio do Planalto.
"Temos que ter o cuidado
para não estimular esse tipo de tensão. Esse é o ambiente perfeito para
Bolsonaro, que quer criar uma agenda paralela. Não podemos cair nessa
armadilha”, disse ao blog um senador que integra o grupo majoritário
da comissão;
"Se tiver que fazer
alguma crítica, será preciso individualizar e mostrar quem fez o erro. A CPI
não vai generalizar. Até porque não dá para brigar com todo mundo o tempo todo.
Isso só interessa ao presidente. Precisamos ter foco", acrescentou.
A CPI quer aproveitar o recesso para esfriar os atritos recentes. Na semana passada, um movimento já foi feito quando o senador Omar Aziz visitou o diretor geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. O presidente da CPI saiu do encontro elogiando o trabalho da Polícia Federal.
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