O Rio Grande do Norte fechou o
mês de novembro com uma queda expressiva nas exportações e nas importações. De
acordo com dados da plataforma Comex Stat, vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), as exportações potiguares somaram
US$ 82,8 milhões, o que representa uma queda de 53,7% na comparação com o mesmo
mês do ano passado.
No que se refere às importações de novembro, a soma foi de US$ 45,1 milhões, representando uma variação negativa de 18,8% tomando como base novembro de 2024. Mesmo com a retração nas compras e vendas internacionais, o RN manteve superávit na balança comercial, registrando um saldo positivo de US$ 37,7 milhões em novembro, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (04).
Diante do desempenho, a
participação do RN nas vendas externas totais do Brasil foi de 0,32%, colocando
o estado na 19ª posição do ranking nacional. Com relação às importações, a
participação estadual nas compras externas ficou em 0,2%, o que colocou o RN na
20ª posição entre os estados importadores.
Somadas as transações
internacionais, a corrente de comércio — que engloba exportações e importações
— atingiu US$ 127,8 milhões, uma queda de 45,5% na comparação anual (novembro
de 2025 com o mesmo mês de 2024).
No acumulado do ano (janeiro a
novembro), as exportações de 2025 também registram queda na comparação com
2024: -10,2%, com US$ 942,5 milhões exportados no corrente ano. Nas
importações, a queda é ainda mais acentuada no acumulado de 2025, registrando
variação negativa de 24,5% ante 2024. Em 2025, foi importado um volume de US$
402,3 milhões. Apesar das baixas nas transações internacionais de compra e
venda, o saldo ainda é positivo no acumulado de janeiro a novembro (US$ 540,2
milhões).
Exportações para os EUA caem
73,5%
As exportações do RN para os
EUA registraram queda de 73,5% em novembro, somando US$ 1,9 milhão exportado no
período, de acordo com dados da plataforma Comex Stat. Os dados apontam que o
Rio Grande do Norte exportou US$ 5,2 milhões a menos para os Estados Unidos em
relação ao mesmo mês do ano anterior.
A queda nas vendas para os EUA
ocorre após a imposição da sobretaxa de 50% aplicada pelo governo Donald Trump
aos produtos brasileiros.
Apesar da queda em novembro,
no acumulado do ano o número ainda é positivo: US$ 84,3 milhões exportados, com
um aumento de 62,3% e alta de US$ 32,4 milhões com relação ao acumulado de 2024
no mesmo período.
Brasil: balança comercial tem
pior resultado para novembro desde 2021
Pressionada pelo crescimento
das importações e pela queda nas exportações de petróleo, a balança comercial
brasileira registrou o menor superávit para meses de novembro em quatro anos,
divulgou nesta quinta-feira (4), em Brasília, o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
No mês passado, as exportações
superaram as importações em US$ 5,842 bilhões, queda de 13,4% em relação ao
superávit de US$ 6,746 bilhões no mesmo mês de 2024.
Esse é o pior resultado da
balança comercial para meses de novembro desde 2021. Naquele mês, houve déficit
de US$ 1,11 bilhão.
O valor das exportações e das
importações ficou o seguinte: as exportações registraram um volume de US$
28,515 bilhões, ou seja, alta de 2,4% em relação a novembro do ano passado; e
as importações ficaram em US$ 22,673 bilhões, uma alta de 7,4% na mesma comparação.
O valor das exportações bateu
recorde para meses de novembro desde o início da série histórica, em 1989. As
importações também atingiram valor recorde para o mês.
Acumulado
De janeiro a novembro, a
balança comercial registra superávit de US$ 57,839 bilhões. O valor é 16,8%
inferior ao registrado no mesmo período do ano passado e o menor para o período
desde 2022.
Projeções
Para este ano, o MDIC projeta
superávit comercial de US$ 60,9 bilhões. As exportações deverão encerrar o ano
em US$ 344,9 bilhões; e as importações, em US$ 284 bilhões.
As projeções são revisadas a
cada três meses. A estimativa anterior, divulgada em julho, ainda não
considerava os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos. No ano passado, a
balança comercial registrou superávit de US$ 74 bilhões. O recorde de superávit
foi anotado em 2023, quando o resultado positivo ficou em US$ 98,9 bilhões.
As estimativas do MDIC estão mais pessimistas que a das instituições financeiras. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com analistas de mercado, a balança comercial encerrará o ano com superávit de US$ 62,85 bilhões.

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