Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em meio à forte crise que
atingiu os Correios, o governo ampliou a projeção de déficit nas empresas
estatais este ano, de R$ 5 504 bilhões para R$ 9,208 bilhões. As informações
constam do Relatório e Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre,
divulgado nesta sexta-feira pelos ministérios da Fazenda e Planejamento.
“O aumento na projeção do déficit em R$ 3,704 bilhões decorre principalmente do impacto da reprogramação dos Correios”, diz o texto. A estimativa no déficit da empresa especificamente mais do que dobrou, passando de R$ 2,380 bilhões no relatório anterior para R$ 5,808 bilhões agora. Se confirmada a projeção, será o maior déficit entre todas as estatais.
A previsão para o déficit
total das estatais já considera a dedução de R$ 4,248 bilhões em despesas
relativas ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), autorizada pela Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.
Com o rombo previsto nas
estatais, a estimativa de déficit primário para o Programa de Dispêndios
Globais (PDG) superou o limite previsto na LDO: um déficit primário de R$ 6,215
bilhões, já contando uma dedução de R$ 5,0 bilhões em gastos com o PAC. Assim,
o governo teve de compensar a meta fiscal do PDG com o orçamento fiscal e da
seguridade.
A compensação de R$ 2,993
bilhões levou a projeção de déficit primário a R$ 34,259 bilhões, já abaixo do
limite inferior de tolerância, que aceita um rombo de até R$ 30,970 bilhões. O
centro da meta fiscal é de déficit zero. Com isso, o Executivo foi obrigado a
anunciar um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões em despesas.
Estadão Conteudo

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