Acompanhado de outras
autoridades brasileiras, Alckmin fez, nesta sexta-feira (17), um balanço da
viagem à Índia.
“Tivemos uma grande reunião
entre empresários indianos e empresários brasileiros. Percebemos um aumento dos
investimentos de empresas indianas no Brasil e de empresas brasileiras na
Índia”, disse o ministro vice-presidente.
Embraer
Alckmin lembrou que já há
muitos aviões da Embraer voando pela Índia. Segundo ele, os modelos da
empresa brasileira atendem bem à demanda indiana por voos regionais com menos
custo e mais eficiência.
Há também interesse da Força
Aérea Indiana em adquirir o avião cargueiro C-390, o que, segundo Alckmin
representaria “um salto estratégico na relação bilateral, promovendo
transferência de tecnologia, geração de empregos e ganhos de soberania para
ambos os lados”.
Na avaliação do ministro da
Defesa, José Múcio, a abertura do escritório da Embraer na Índia representa “um
passo concreto na construção de pontes industriais e tecnológicas” além do
compromisso da empresa em investir na Índia.
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Comércio
Durante a missão, Brasil e
Índia também definiram um cronograma para ampliar o Acordo de Comércio
Preferencial Mercosul–Índia, hoje considerado restrito. O governo
brasileiro quer elevar o comércio bilateral para US$ 15 bilhões em 2025 e US$
20 bilhões até 2026.
O tratado atual cobre apenas
450 categorias de produtos e prevê reduções tarifárias modestas, entre 10% e
20%. A proposta em discussão busca ampliar o número de produtos beneficiados e
aprofundar as preferências comerciais.
“Quero destacar também que
ontem [quinta-feira, dia 16] completamos um entendimento para ampliar as linhas
tarifárias de preferência entre Mercosul Índia. Teremos, nos próximos meses, um
trabalho para fortalecer a complementariedade econômica e crescer os
investimentos”, disse Alckmin.
Negócios e visto eletrônico
O ministro lembrou que, antes
mesmo de ir à Índia, o governo brasileiro publicou dois decretos relevantes
para as relações comerciais entre os dois países.
“Um deles, estabelecendo um
acordo de facilitação de investimentos; e o outro evitando bitributação”,
detalhou Alckmin.
Para Alckmin, "Isso vai
trazer mais segurança jurídica para esse bom trabalho na economia entre Brasil
e Índia”, acrescentou.
Alckmin lembrou, também, que a
partir da próxima semana, os negócios entre os dois países serão facilitados
com a entrada em vigor de um visto eletrônico para negócios e consultorias.
Saúde e petróleo
Na área da saúde, foi assinada
uma parceria entre a Fiocruz e uma empresa indiana, com a possibilidade de transferência de tecnologia de vacinas; e
na área do petróleo, foi assinado um contrato da Petrobras para a exportação de mais de 6 milhões de barris à
Índia.
Alckmin convidou a Índia a
participar da disputa pelos blocos visando a exploração de petróleo em algumas
das bacias brasileiras.
“A Agência Nacional do
Petróleo (ANP) deve lançar seis blocos no ano que vem, para exploração de
petróleo nas bacias de Campos e de Santos, podendo ter mais 18 blocos”, disse o
ministro.
A missão brasileira reuniu
representantes de 20 setores, incluindo agronegócio, tecnologia, energia e
saúde.
Agência Brasil
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