quarta-feira, 24 de setembro de 2025

UERN Natal abre exposição gratuita com foco no combate ao racismo religioso

A Galeria de Artes da UERN Natal abre nesta sexta-feira (26), às 19h, mais uma exposição do projeto de extensão “As Religiões numa perspectiva afrocentrada: diálogos sobre as religiosidades de matriz africana nos contextos da educação e da saúde”, do Departamento de Ciências da Religião e da Escola de Extensão da UERN (EdUCA), que busca combater o racismo religioso por meio da arte e da educação.

A abertura contará com a apresentação do tradicional Afoxé Estrela da Manhã, em um cortejo cenopoético inspirado na obra. A exposição ficará aberta ao público, com entrada gratuita, até o dia 10 de outubro.

Premiada pela Seleção Pública PNAB Natal 2024 com a exposição “Triângulo das Águas”, Bianca Amoras apresenta trabalhos que dialogam com ancestralidade, memória e deslocamentos territoriais a partir do elemento água, eixo central de sua pesquisa artística. Radicada no Rio Grande do Norte desde 2021, a artista estabelece conexões entre rios e praias de seu estado natal, o Pará, e do RN, onde vive atualmente.

“Este projeto surge do desejo de fazer uma tangência, um encontro simbólico entre as águas destes lugares. Uma forma de retratar a minha própria poética, e de refazer com os meus passos a caminhada dos meus ancestrais”, explicou Bianca.

Com curadoria da artista Melissa Barbery, a mostra reúne registros de performances, instalações e experimentações visuais, além de fotografias de Charles Vasconcelos, Gilberto Guimarães, Bruno Kayodê, Bruna Garrido e Rayda Lima.

Para o professor João Bosco Filho, coordenador do projeto de extensão, a iniciativa contribui para ampliar o debate sobre o racismo religioso nos campos da educação e da saúde. “A exposição da artista Bianca Amoras contribui com profundidade simbólica, beleza e ancestralidade para as atividades do nosso projeto de extensão. Ela nasce da necessidade de refletirmos sobre as diversas formas de racismo que ainda atravessam a educação e a saúde no Brasil, e de reafirmarmos o valor das tradições de matriz africana como caminhos de conhecimento, espiritualidade e resistência. Ao entrelaçar territórios, memórias e ancestralidades através da água, a obra nos convida a olhar para além das margens do preconceito e a perceber a potência cultural, espiritual e política das religiões afro-brasileiras”, destacou.

Tribuna do Norte

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