A Galeria de Artes da UERN Natal abre nesta sexta-feira (26), às 19h, mais uma exposição do projeto de extensão “As Religiões numa perspectiva afrocentrada: diálogos sobre as religiosidades de matriz africana nos contextos da educação e da saúde”, do Departamento de Ciências da Religião e da Escola de Extensão da UERN (EdUCA), que busca combater o racismo religioso por meio da arte e da educação.
A abertura contará com a
apresentação do tradicional Afoxé Estrela da Manhã, em um cortejo cenopoético
inspirado na obra. A exposição ficará aberta ao público, com entrada gratuita,
até o dia 10 de outubro.
Premiada pela Seleção Pública
PNAB Natal 2024 com a exposição “Triângulo das Águas”, Bianca Amoras apresenta
trabalhos que dialogam com ancestralidade, memória e deslocamentos territoriais
a partir do elemento água, eixo central de sua pesquisa artística. Radicada no
Rio Grande do Norte desde 2021, a artista estabelece conexões entre rios e
praias de seu estado natal, o Pará, e do RN, onde vive atualmente.
“Este projeto surge do desejo
de fazer uma tangência, um encontro simbólico entre as águas destes lugares.
Uma forma de retratar a minha própria poética, e de refazer com os meus passos
a caminhada dos meus ancestrais”, explicou Bianca.
Com curadoria da artista
Melissa Barbery, a mostra reúne registros de performances, instalações e
experimentações visuais, além de fotografias de Charles Vasconcelos, Gilberto
Guimarães, Bruno Kayodê, Bruna Garrido e Rayda Lima.
Para o professor João Bosco
Filho, coordenador do projeto de extensão, a iniciativa contribui para ampliar
o debate sobre o racismo religioso nos campos da educação e da saúde. “A
exposição da artista Bianca Amoras contribui com profundidade simbólica, beleza
e ancestralidade para as atividades do nosso projeto de extensão. Ela nasce da
necessidade de refletirmos sobre as diversas formas de racismo que ainda
atravessam a educação e a saúde no Brasil, e de reafirmarmos o valor das
tradições de matriz africana como caminhos de conhecimento, espiritualidade e
resistência. Ao entrelaçar territórios, memórias e ancestralidades através da
água, a obra nos convida a olhar para além das margens do preconceito e a
perceber a potência cultural, espiritual e política das religiões
afro-brasileiras”, destacou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário