O IBGE constatou que, em
julho, os produtos alimentícios caíram 0,38%. Foi o segundo mês seguido de
recuo médio nos preços dos alimentos. Em junho a queda foi de 0,19%.
Desde fevereiro, quando subiu
1,48%, o INPC apresenta cinco quedas seguidas. Veja como se comportaram os
grupos em julho:
Alimentação e bebidas: -0,38%
Habitação: 0,86%
Artigos de residência: 0,14%
Vestuário: -0,52%
Transportes: 0,19%
Saúde e cuidados pessoais:
0,57%
Despesas pessoais: 0,97%
Educação: 0,06%
Comunicação: -0,11%
INPC e IPCA: qual é a
diferença?
Também nesta terça-feira, o
IBGE divulgou que a inflação oficial do país, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
ficou em 0,26%, acumulando 5,23% em 12 meses.
A diferença entre os dois
índices é que o INPC apura a inflação para as famílias com renda de até cinco
salários mínimos. Já o IPCA, para lares com renda de até 40 salários mínimos.
Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.
O IBGE confere pesos
diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos
representam 25% do índice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famílias de menor
renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço
de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.
A coleta de preços é feita em
dez regiões metropolitanas - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre - além de
Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Reajustes
Além de medir como a inflação
atinge as famílias de rendas mais baixas, o INPC é muito utilizado como
indexador para cálculo de reajuste anual de salários de diversas categorias.
O salário mínimo, por exemplo,
além de outras métricas, leva o INPC anual de novembro para se chegar ao valor
no ano seguinte. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são
reajustados com base no resultado de dezembro.
De acordo com o IBGE, a
apuração do INPC “tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários,
por meio da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população
assalariada com mais baixo rendimento”.
Agência Brasil

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