domingo, 3 de agosto de 2025

Cinco jacarés são capturados e transferidos de lagoa urbana em Maracajaú

Entre os dias 29 e 31 de julho, uma operação conjunta realizou a realocação de jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) que habitavam uma área urbana de Maracajaú, no município de Maxaranguape, litoral do Rio Grande do Norte. A ação envolveu a APC Cabo de São Roque, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a Associação Serpentes do Bem, a Polícia Ambiental, a pesquisadora Maria Luiza, do Projeto Caiman Paraibano, e contou com o apoio da Prefeitura de Maxaranguape.

No primeiro dia da atividade, a equipe realizou monitoramento e identificou a presença de 16 jacarés na lagoa principal da área urbana. Nos dias seguintes, cinco indivíduos foram capturados com segurança, avaliados, medidos, pesados e marcados antes de serem soltos em áreas naturais adequadas, longe do ambiente urbano.

“A realocação foi feita com foco na segurança dos moradores e dos próprios animais. Os locais escolhidos oferecem condições favoráveis para a sobrevivência da espécie”, explicou a bióloga Isadora Barreto, da APC Cabo de São Roque.

Segundo a bióloga, o deslocamento dos jacarés é um comportamento natural, motivado pela busca por alimento, reprodução ou disputa territorial. “Durante esta ação, todos os cinco animais capturados eram machos, o que pode explicar o movimento dentro da área urbana”, destacou.

Apesar da transferência, os jacarés ainda podem ser avistados em outros pontos próximos à cidade. Isadora reforça que, em caso de avistamento, a população deve acionar imediatamente a Polícia Ambiental pelos telefones (84) 98137-2304 ou 190.

A presença dos répteis em áreas urbanas representa riscos tanto para a fauna quanto para os moradores e visitantes. A operação de realocação tem como objetivo preservar a segurança pública, proteger a espécie e manter o equilíbrio ambiental local.

O trabalho de monitoramento e remoção dos animais continuará até que todos sejam transferidos para ambientes adequados à sua conservação.

Tribuna do Norte

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