A programação inclui panfletagens, rodas de conversa e eventos científicos. Nesta segunda-feira (4), uma equipe do hospital realizou uma panfletagem marcando o início da campanha. De acordo com a coordenadora do Banco de Leite Humano da Maternidade, Ana Zélia Pristo, o objetivo central das ações é ampliar o acesso à informação e mostrar às mulheres que há uma rede de apoio disponível para quem enfrenta dificuldades no processo de amamentação.
“Muitas mães não conhecem, não sabem como é que funciona. O banco de leite não funciona somente para fornecer o leite, mas também para resolver dificuldades na amamentação. Às vezes existe uma fissura, a mama ingurgita, fica muito cheia, o bebê não pega o peito e tem dificuldade. Não é todo mundo que consegue, é instintivo, mas às vezes precisa de uns ajustes”, explica. Entre os atendimentos ocorridos até junho, a MEJC realizou 729 visitas domiciliares e recebeu doações de 554 mulheres, totalizando 902 litros de leite coletados, segundo dados da Rede Global de Bancos de Leite Humano no Brasil (rBLH).
A “hora ouro” também é uma das práticas valorizadas ao longo da campanha. Ela representa a primeira hora de vida do recém-nascido, momento considerado essencial para a criação do vínculo afetivo com a mãe e para o início da amamentação. “É aquele momento máximo, mágico quando o bebê nasce e imediatamente ele vai para cima da mãe, entra em contato com ela ainda com o cordão. Ele fica lá para já criar aqueles laços afetivos, os vínculos para amamentar”, relata Ana Zélia.
Além do atendimento às lactantes, o banco de leite trabalha com a distribuição do alimento humano a recém-nascidos que, por diversos motivos, não podem mamar diretamente no peito. É o caso de prematuros extremos, que apresentam complicações respiratórias ou metabólicas logo após o parto. O acesso ao leite doado, no entanto, exige prescrição médica ou de nutricionista, para garantir que a quantidade e frequência sejam adequadas às necessidades do bebê.
Para ampliar o estoque e manter o atendimento regular, o Banco de Leite da MEJC conta com a solidariedade das doadoras e realiza coletas domiciliares por meio do projeto “Amigo do Peito”, em parceria com o Corpo de Bombeiros. A coordenadora orienta que o leite doado seja armazenado em frascos de vidro esterilizados, preferencialmente com pelo menos 100 ml, para evitar perdas no processo de pasteurização. A orientação é que, com no máximo 10 dias, a doadora entre em contato com o banco para agendar a coleta.
A panfletagem em alusão ao Agosto Dourado na MEJC segue nos dias 11, 18 e 25 de
agosto. Além disso, a programação prevê uma reunião científica sobre a “hora
ouro” no dia 7 de agosto e um mutirão de amamentação da maternidade, chamado
“Mamaço 2025”, nos dias 13 e 20 de agosto. A orientação, por meio do Banco de
Leite da MEJC, funciona diariamente, das 8h às 18h, e pode ser contatado pelo
telefone (84) 3342-5800.
Tribuna do Norte

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