“Estamos olhando para todas as
NDCs que estão chegando. queremos que todos os países coloquem as terras
indígenas, os direitos indígenas e os direitos das mulheres nas suas NDCs”,
disse Ana Toni.
O assunto foi debatido nesta
terça-feira (5), em reunião conjunta das comissões da Amazônia e dos Povos
Originários e Tradicionais; de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, com o tema COP
30: um compromisso com as vidas que sustentam os biomas.
Ana Toni disse que o grande
diferencial da COP no Brasil é que será uma conferência das pessoas, com ênfase
nas populações que mais sofrem, como mulheres, quilombolas e indígenas.
“Mas não só olhar para as
pessoas como as vítimas do clima, mas também como lideranças que vão nos
ensinar como sair do problema da mudança do clima. Não podemos esquecer que
ação climática é ação humana”.
Durante o debate,
a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse que a pasta
está em mobilização contínua pelo Brasil para conversar com as comunidades
indígenas sobre a COP30 e esclarecer o papel e a importância do evento
internacional. Ela destacou a necessidade de garantir acesso direto aos
financiamentos climáticos para organizações indígenas.
“Precisamos fazer mais
recursos chegarem ao chão dos territórios. Isso vai trazer um impacto enorme
porque viabiliza que os povos indígenas façam seu próprio trabalho de proteção
ambiental. Sem povos indígenas, não há justiça climática”, destacou a ministra.
A ministra das Mulheres,
Márcia Lopes, disse que a pasta trabalha na criação de um protocolo para
proteger as mulheres em emergências climáticas.
“Cada vez que o Brasil tem um
desastre natural, a gente sabe que são as mulheres que cumprem uma agenda de
reconstrução e salvação de sua comunidade, porque as mulheres são solidárias”,
ressalta.
O ministério também está
preparando uma programação especial para a COP30 para consolidar a participação
das mulheres no debate. “Precisamos ainda comprovar que as mulheres são capazes
de debater esse tema, que às vezes fica só com os homens especialistas”,
defendeu a ministra.
O seminário atende a pedido
das deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Dandara (PT-MG), Dilvanda Faro (PT-PA),
Duda Salabert (PDT-MG) e Elcione Barbalho (MDB-PA). Segundo as parlamentares, o
objetivo é fortalecer a atuação conjunta das comissões na construção de uma
agenda legislativa e política alinhada com os compromissos de justiça
climática, proteção dos territórios e promoção da igualdade de gênero.
*Com informações da Agência
Câmara
Agência Brasil

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