O NAT 01 abrange uma área de
20.744 m², com potencial para movimentação e armazenagem de granéis sólidos
minerais, especialmente minério de ferro. Para o diretor-presidente da
Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Paulo Henrique Macedo, a inclusão
da área no PPI coloca o processo como prioridade da gestão federal e abre
portas para o aumento da competitividade de toda a cadeia produtiva ligada ao
porto.
“Estamos diante de um novo
ciclo de modernização e expansão da nossa infraestrutura portuária, com foco na
movimentação de granéis sólidos minerais, especialmente o minério de ferro. A
entrada no PPI nos permite abrir as portas para parcerias que trarão novos
investimentos, mais eficiência operacional, geração de emprego e renda, além de
um salto de competitividade para toda a cadeia produtiva ligada ao nosso
porto”, explica o diretor-presidente da Codern.
Ainda segundo ele, a Companhia
Docas está pronta para liderar esse processo por meio do diálogo permanente com
o setor produtivo, os investidores e a sociedade: “Vamos trabalhar para que o
NAT 01 se torne referência em gestão, sustentabilidade e inovação no setor
portuário”, pontua.
Atualmente o pátio Norte do
Porto de Natal está em processo de arrendamento. Em março deste ano, a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizou uma audiência pública para
apresentar um Estudo de Viabilidade Técnico-Econômico e Ambiental (EVTEA) feito
por uma empresa indiana que tem interesse em arrendar o equipamento. O leilão
do terminal na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), contudo, deve ocorrer até o
último trimestre deste ano.
A área de arrendamento está
localizada na retroárea do Berço 01, sob competência da Codern, e abrange parte
do Pátio Norte e do terreno da região conhecida como Maruim, antes ocupada pela
Comunidade do Maruim, que foi incorporada ao Porto de Natal.
“Quando se insere no PPI,
mostra que não é uma prioridade somente do Ministério [dos Portos e
Aeroportos], mas também do Governo Federal. Então [significa] o secretário
nacional de portos, indicando à Presidência da República a importância desse
empreendimento, e a própria Casa Civil colocando isso como prioritário”,
completa Paulo Henrique.
O diretor-presidente da Codern
se reuniu nesta quinta-feira (17) com o diretor de Novas Outorgas e Políticas
Regulatórias Portuárias do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), Bruno
Neri, para tratar dos próximos passos do arrendamento. Segundo ele, a fase de
consulta pública já foi finalizada e entre os dias 12 e 14 deste mês ocorreu
uma reunião ordinária dos diretores da Antaq para avaliar o procedimento após o
envio das sugestões. O próximo passo é enviar o documento ao Tribunal de Contas
da União (TCU).
Durante a audiência pública
realizada em março, a Antaq mostrou que a empresa que arrendar o Porto de Natal
precisará investir cerca de R$ 29 milhões em melhorias e benfeitorias no
terminal, visando a adequação para o processo de exportação. Paulo Henrique
Macedo avalia que, com o fim do processo de consulta pública, é provável que
esses dados sejam alterados.
Tribuna do Norte

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