Em discurso no Senado, Rogério
Marinho disse que “o único projeto é a reeleição de Lula, mesmo que, para isso,
o país esteja destroçado, do ponto de vista fiscal e econômico. Quem vier
depois que apague a luz e feche a porta.
Marinho lembrou que, durante o
Governo do presidente Jair Bolsonaro (2019/2022), “decretos foram derrubados
pelo Judiciário por provocação de membros do Parlamento brasileiro. Então, o
fato de se derrubarem decretos é uma previsão constitucional, principalmente
quando o decreto é um decreto, como foi colocado, regulatório, que serve para,
justamente, equilibrar a relação do país com outras economias do mundo, caso
haja uma distorção, e não para, eventualmente, tapar rombos fiscais, frutos da
irresponsabilidade deste Governo”.
“Aliás, isso foi confessado”,
segundo Marinho, pelo próprio ao dizer que “o que Haddad está propondo não tem
nada de mais, quando propõe que os bancos paguem só um pouquinho para a gente
fazer a compensação, ou o próprio Haddad, que publica um tuíte (agora rede X)
em que fala que o decreto corrige uma injustiça, combater a evasão de impostos
dos mais ricos”.
Crise planejada
Para Marinho, o ministro da
Fazenda “não sabe o que significa o IOF, que é um imposto regulatório. Espero
que STF entenda a diferença da natureza desse imposto e preserve a autonomia e
o equilíbrio entre os Poderes, tão necessários para a nossa democracia”.
O senador potiguar afirmou que
“essa crise do IOF é uma crise contratada, deliberada e planejada por este
Governo, que sabia – e, aliás, está consignado nos Anais da Casa por ocasião da
votação do orçamento do Congresso Nacional – que o orçamento era uma peça fake.
Eu vi os Líderes se revezando na tribuna dizendo “estamos apresentando um
orçamento com superávit de R$ 15 bilhões. É fácil compulsar. Mentira,
infelizmente. Era um déficit de mais de R$ 70 bilhões”.
Rogério Marinho disse, ainda,
que “as coisas não se completam. Receitas superestimadas e despesas
subestimadas. Quando sai o relatório quadrimestral, o que o Governo faz – e
isso é recorrente, aconteceu em 2023, aconteceu em 2024, está acontecendo em
2025 -?: Corre atrás de puxadinhos. E isso desarticula e desarranja as
políticas públicas brasileiras, que não devem ser políticas de um Governo,
precisam ser políticas do Estado brasileiro”.
Dinheiro para ricos
Ao citar que em 2023, o lucro
dos principais bancos brasileiros foi de R$ 144 bilhões, o maior da história do
país, que se repetiu em 2024, chegando perto de R$ 180 bilhões, Rogério Marinho
aponta contradições do governo Lula, que diz “combater os ricos, ou que defende
os pobres, mas apropria-se do recurso da sociedade brasileira para transferir
para aqueles que, na verdade, o financiam, como aconteceu na eleição anterior,
quando, de forma praticamente majoritária, a Faria Lima votou no então
candidato a Presidente, Lula da Silva, sob o argumento de que ele representava
uma espécie de consenso da sociedade contra o então presidente Jair Bolsonaro”.
Para Marinho, “ninguém deu
mais dinheiro para ricos do que Lula. Por exemplo, a questão dos subsídios, que
nós combatemos por diversas ocasiões. Nós tivemos um aumento, só neste Governo
do presidente Lula, de quase R$ 70 bilhões a mais de subsídios acrescidos ao
orçamento do Brasil por ano. Estamos falando de quase R$ 300 bilhões, em quatro
anos. Estamos discutindo que são R$ 10 bilhões do IOF contra R$ 300 bilhões
dados aos ricos, porque este é o discurso do Governo: são os ricos que recebem
as benesses da sociedade”.
“Quando o Governo diz que está
aumentando o IOF para taxar os ricos, o Governo esquece de dizer que quem vai
fazer um crediário nas Casas Bahia está pagando IOF, que quem usa o cartão de
crédito está pagando IOF. Ou seja, o pobre está sendo imputado para fazer
frente a este desgoverno, que não tem responsabilidade com a sociedade
brasileira, que não tem projeto de país”, acusou Marinho.
O país quebrou
Segundo Marinho, quando o
Governo, que “diz que defende os pobres, fez uma série de políticas populistas
que se voltaram contra ele mesmo, porque, quando foi apresentada agora a Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2026, o Governo não teve sequer o cuidado de mandar
para este Congresso Nacional ou para a imprensa brasileira os seus
representantes, o Ministro da Fazenda ou a Ministra do Planejamento; foi um
terceiro escalão. E dizer o seguinte, senhores: O país quebrou”.
E prosseguiu Marinho: “Muito
bem, em 2027, nós não poderemos cumprir o piso. Nós criamos uma regra em que
dizíamos que íamos ajudar os pobres com crescimento real do salário-mínimo.
Pois muito bem, nós estamos estourando a Previdência e o BPC com esta regra. E
nós não podemos permitir ou não podemos evitar que, em 2024, nós tivéssemos o
maior aumento de inflação para produtos de primeira necessidade, que são
consumidos pelos pobres”.
Tribuna do Norte

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