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A quarta-feira começa
com os futuros americanos em leve alta, em um dia que será em inglês para
os investidores. Isso porque hoje saem os dados de emprego do ADP, o
relatório privado de emprego dos EUA, que antecede o payroll, a Câmara
deve votar a lei de corte de impostos proposta por Trump e ainda
investidores prosseguem na contagem regressiva da volta da guerra
tarifária, daqui uma semana.
O presidente americano
tem ameaçado mandar uma carta aos países informando quais devem ser as
novas tarifas adotadas. A medida unilateral é um fracasso do governo
americano, que esperava fechar acordos comerciais com os países na base
da chantagem.
A trégua mais relevante
foi assinada com a China, o que pausou o embargo comercial que havia sido
imposto com tarifas de mais de 100% sobre importados. Fora isso, houve um
pacto considerado menor com o Reino Unido. A União Europeia já declarou
que não vai correr para fechar um acordo antes do fim do prazo, e o Japão
foi de candidato a acordo fácil a possível alvo de alíquotas de 35%.
Enquanto isso, os
americanos seguem ansiosos com o risco de que a inflação reflita o
aumento do custo dos importados, não só por causa das tarifas, mas também
porque o dólar tem perdido valor ante das demais moedas globais, reflexo
de uma política interna errática do ponto de vista fiscal.
A “grande e bela lei” de
Trump que prevê corte de impostos e redução de programas sociais deve
representar um aumento do déficit americano, com aumento dos juros da
dívida pública. O projeto, alvo de críticas, foi aprovado no Senado e
agora precisa do aval da Câmara, mas enfrenta resistência também entre
membros do partido republicano.
E, por fim, investidores
querem confirmação de que o mercado de trabalho americano continua
sólido, isso apesar de outros sinais da desaceleração da atividade
econômica por lá. Na Zona do Euro, o desemprego registrou leve alta para
6,3% em maio, ante 6,2% no mês anterior. As bolsas avançam de forma
sólida por lá.
No Brasil, o destaque da
agenda é a divulgação da pesquisa de produção industrial do IBGE, que
deve mostrar uma contração, de acordo com projeções dos economistas.
Enquanto isso, a Faria Lima mantém um olho em Brasília e nos
desdobramentos do conflito entre o Congresso e o governo, quase que
fingindo que a disputa não agrava a crise fiscal doméstica. Não há
negócios com o EWZ nesta manhã – na terça, o Ibovespa fechou em alta,
recuperando os 139 mil pontos. Bons negócios.
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