quarta-feira, 2 de julho de 2025

EUA MONOPOLIZAM ATENÇÃO DE INVESTIDORES GLOBAIS

A quarta-feira começa com os futuros americanos em leve alta, em um dia que será em inglês para os investidores. Isso porque hoje saem os dados de emprego do ADP, o relatório privado de emprego dos EUA, que antecede o payroll, a Câmara deve votar a lei de corte de impostos proposta por Trump e ainda investidores prosseguem na contagem regressiva da volta da guerra tarifária, daqui uma semana.

O presidente americano tem ameaçado mandar uma carta aos países informando quais devem ser as novas tarifas adotadas. A medida unilateral é um fracasso do governo americano, que esperava fechar acordos comerciais com os países na base da chantagem. 

A trégua mais relevante foi assinada com a China, o que pausou o embargo comercial que havia sido imposto com tarifas de mais de 100% sobre importados. Fora isso, houve um pacto considerado menor com o Reino Unido. A União Europeia já declarou que não vai correr para fechar um acordo antes do fim do prazo, e o Japão foi de candidato a acordo fácil a possível alvo de alíquotas de 35%.

Enquanto isso, os americanos seguem ansiosos com o risco de que a inflação reflita o aumento do custo dos importados, não só por causa das tarifas, mas também porque o dólar tem perdido valor ante das demais moedas globais, reflexo de uma política interna errática do ponto de vista fiscal.

A “grande e bela lei” de Trump que prevê corte de impostos e redução de programas sociais deve representar um aumento do déficit americano, com aumento dos juros da dívida pública. O projeto, alvo de críticas, foi aprovado no Senado e agora precisa do aval da Câmara, mas enfrenta resistência também entre membros do partido republicano.

E, por fim, investidores querem confirmação de que o mercado de trabalho americano continua sólido, isso apesar de outros sinais da desaceleração da atividade econômica por lá. Na Zona do Euro, o desemprego registrou leve alta para 6,3% em maio, ante 6,2% no mês anterior. As bolsas avançam de forma sólida por lá.

No Brasil, o destaque da agenda é a divulgação da pesquisa de produção industrial do IBGE, que deve mostrar uma contração, de acordo com projeções dos economistas. Enquanto isso, a Faria Lima mantém um olho em Brasília e nos desdobramentos do conflito entre o Congresso e o governo, quase que fingindo que a disputa não agrava a crise fiscal doméstica. Não há negócios com o EWZ nesta manhã – na terça, o Ibovespa fechou em alta, recuperando os 139 mil pontos. Bons negócios.


 

Futuros S&P 500: 0,12%
Futuros Nasdaq: 0,07%  

Futuros Dow Jones: 0,15% 
*às 7h24

­

 

6h: Zona do euro divulga taxa de desemprego de maio
9h: IBGE publica pesquisa Industrial Mensal de maio  
8h30: Haddad participa da reunião de ministro de Economia e presidentes de BCs dos países do Mercosul, em Buenos Aires
9h: Galípolo participa de reunião com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o CEO, Augusto Ferreira Lima
9h15: EUA anunciam relatório sobre criação de empregos no setor privado de junho
11h15: Christine Lagarde (BCE) faz discurso de encerramento do Fórum de Sintra
12h30: Nilton David (Política Monetária) participa de conferência do Citi em SP
13h30: Gilneu Vivan (Regulação) participa de evento da ABBC
14h30: BC divulga fluxo cambial semanal
EUA: Câmara vota projeto de lei tributária de Trump   
 

­

 

Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,53% 
Londres (FTSE 100): 0,30% 
Frankfurt (Dax): 0,34% 
Paris (CAC): 1,04% 
*às 7h25

­

 

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,02%
Hong Kong (Hang Seng): 0,62% 
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,56%

­

 

Brent*: 0,69%, a US$ 67,57 

Minério de ferro: 1,96%, a US$ 100,78 por tonelada na bolsa de Dalian 
*às 7h29

­

 

TURISMO DE LUXO

Com políticas econômicas instáveis e aumento da desigualdade, a classe média americana, que já foi o motor do país, sofre para manter seu padrão de vida. Leia nesta reportagem.




Nenhum comentário:

Postar um comentário