“A pneumonia está controlada e
nós descartamos qualquer nova cirurgia para a questão do abdômen neste momento.
É hora de descansar e se recuperar, apenas”, afirmou o cirurgião Cláudio
Birolini, que participou da última cirurgia do ex-presidente e o atendeu na
quarta-feira (2).
O novo mal-estar acendeu o alerta da cúpula do PL. Além da preocupação natural
com a saúde de Bolsonaro, há o temor de que os seguidos episódios hospitalares
passem a imagem de fragilidade do principal quadro do partido. Bolsonaro segue
se colocando como candidato à Presidência em 2026, apesar de estar inelegível.
As baixas na saúde dele, internamente, são vistas como campo para que nomes da
esquerda e até mesmo outros nomes da direita postulam o Palácio do Planalto
passem a questionar a sua capacidade de entrar na corrida eleitoral. Por isso,
a recomendação no partido é a de não contar com Bolsonaro em nenhum evento até
que exista uma liberação médica.
De acordo com boletim divulgado mais cedo, o ex-presidente realizou exames que
apontaram uma “intensa esofagite com processo inflamatório, erosões mucosas e
gastrite moderada”. Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva e será
submetido a tratamento medicamentoso para tratar da inflamação.
Com a mudança no quadro de saúde, Bolsonaro cancelou as agendas previstas em
Santa Catarina e Rondônia. A ausência nos compromissos foram comunicados a
aliados ontem, depois do ex-presidente faltar ao evento do PL 60+ na Câmara dos
Deputados, em Brasília. O ex-presidente havia retomado as agendas do PL cinco
dias após retomar as atividades, uma semana após ficar afastado devido a uma
pneumonia infecciosa. Desde então, Bolsonaro fazia tratamento com antibióticos.
A recomendação médica era de repouso e redução de atividades públicas, mas o
ex-mandatário esteve presente na manifestação na Avenida Paulista, como a
realizada neste domingo, e viajou para Belo Horizonte na semana passada.
Tribuna do Norte

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