“Dói na alma a cena de
três pessoas morrendo abraçadas”, lamentou Gabriel, em uma publicação na
rede social X.
Mais cedo, o delegado contou
parte da dinâmica do acidente relatada à Polícia Civil pelo piloto do
balão, que sobreviveu.
Conforme as informações
preliminares, em meio ao princípio de incêndio no cesto, o balão desceu até
perto do chão, quando 13 pessoas conseguiram desembarcar. Antes que as outras
oito saíssem também, a aeronave voltou a subir de repente. Quem não
conseguiu sair morreu com os ferimentos causados pelo fogo ou
pela queda, ao saltar para fugir das chamas.
"O piloto e outras 12
pessoas conseguem sair do balão, mas outras pessoas não conseguem, e,
novamente, o balão acaba subindo involuntariamente”, disse Gabriel à Rádio CBN.
“A partir daí, quando ele [o balão] está numa certa altura, algumas pessoas acabam
pulando desse balão. Três pessoas não pularam e acabaram morrendo abraçadas”.
As 13 pessoas que sobreviveram
foram levadas a um hospital de Praia Grande, sendo que cinco permanecem em
observação, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Vídeos publicados nas redes
sociais por testemunhas do acidente mostram o momento em que alguns passageiros
saltam do balão, antes de ele despencar em chamas.
O local em que o balão caiu,
próximo a um posto de saúde em uma área rural de Praia Grande, segue sob
perícia. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, o acidente pode ter
relação com um maçarico utilizado para iniciar a chama do tanque que esquenta o
ar do balão.
Luto
O governador de Santa
Catarina, Jorginho Mello, publicou nota afirmando que “estamos todos
consternados com essa tragédia. As equipes seguem prestando todo o apoio
necessário às famílias”.
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva também publicou nota oficial, lamentando as mortes e colocando o governo
federal à disposição das autoridades estaduais e municipais.
Em nota, a Confederação
Brasileira de Balonismo (CBB) lamentou o acidente e disse cooperar com as
autoridades na tentativa de esclarecer os acontecimentos. "Neste momento
de dor, nos colocamos à disposição das autoridades competentes para colaborar,
dentro dos limites estatutários da nossa atuação, com qualquer informação
técnica ou suporte que possa contribuir com os desdobramentos e investigações
necessárias", diz o texto.
A entidade esclareceu que tem
como objetivo fomentar a prática esportiva do balonismo, mas não tem
competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos em balões de ar
quente.
"Neste instante delicado,
nos unimos em respeito e sentimento às famílias enlutadas. Que encontrem força
para atravessar este momento irreparável. Seguiremos atentos aos desdobramentos
do caso e disponíveis para apoiar no que estiver ao nosso alcance, dentro das
atribuições que nos cabem legalmente", diz o texto assinado por Johny
Alvarez, presidente da confederação.
O município de Praia Grande, em Santa Catarina, é um dos principais destinos para quem busca passeios turísticos em balões, devido a condições geográficas e meteorológicas favoráveis e à proximidade de cânions de grande beleza cênica. Na região ficam os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A cidade vizinha de Torres (RS) é reconhecida como a capital brasileira do balonismo.
Agência Brasil

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