Os deputados federais que
ainda não assinaram o pedido de criação da CPI são Fernando Mineiro e Natália
Bonavides (PT), João Maia (PP) e Benes Leocádio (União Brasil).
A deputada federal Carla Dickson assinou o requerimento na quinta-feira (24/4)
e disse que “o PT não quis voltar ao governo pra governar, quis voltar pra
retornar às cenas dos crimes e eles estão seguindo o roteiro à risca”.
“Esse é o Brasil do PT. O Brasil dos escândalos frequentes de corrupção.
Precisamos botar luz sobre esse tema e escancarar toda a podridão que pode
estar ali”, acrescentou a deputada ao justificar o motivo de ter assinado a CPI
que vai investigar desvios que podem chegar a R$ 8 bilhões.
O deputado federal General Girão destacou a importância da CPI como instrumento
de reparação aos aposentados prejudicados e punição aos criminosos: “Assinamos
o requerimento para abertura da CPI do INSS. Vamos investigar e fazer justiça
para aqueles aposentados que tiveram seu dinheiro roubado por essa fraude
absurda”, declarou o parlamentar.
Para o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou que esse escândalo da
previdência social é uma demonstração de que “petista não deixa de roubar. É
impressionante, dessa vez não aliviaram nem para quem votou neles, voltaram à
cena do crime”.
A iniciativa da CPI busca apurar irregularidades que já somam mais de R$ 6,3
bilhões, segundo denúncias da Polícia Federal. O requerimento contava na
quinta-feira (30), quando foi apresentado, com 185 assinaturas, superando com
folga o mínimo necessário de 171 apoios.
Um dado que chamou atenção foi a forte adesão de parlamentares da base governista — partidos com ministérios no atual governo somaram 81 assinaturas. Entre eles, 25 deputados do União Brasil, 18 do PP, 18 do Republicanos, 11 do MDB e 9 do PSD.
O deputado Coronel Chrisóstomo (PL/RO) é o autor autor do requerimento para
criação da CPI que terá até 120 dias para aputar a gestão, a execução e os
sindicatos envolvidos na fraude do INSS.
O caso é investigado pela PF e pela CGU como crimes de corrupção (ativa e
passiva), violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização
criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo 11 entidades e associações.
Notificação
O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) disse que notificou, desde março de
2023, o Ministério da Previdência sobre os desvios. “Foi a partir de nosso
documento que a Polícia Federal começou a investigação”, declarou.
A deputada Bia Kicis (PL-DF), vice-líder da Minoria, disse que, quando foi
presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle em 2023, foi
aprovado requerimento para o Tribunal de Contas da União (TCU) investigar o
caso. “Desde então, nada foi feito”, informou.
O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que a
CPI é extremamente importante e necessária. “O governo deveria apoiar esta CPI,
porque estará apoiando a transparência das investigações. Quem não deve, não
teme”, disse.
Porém, o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), ressaltou que a
investigação já está sendo feita de “forma clara e contundente”.
Benes vai repensar e João vai
seguir o PP
Dentre os cinco deputados
federais que ainda não assinaram o requerimento da CPI, o deputado federal
Benes Leocádio (União) disse que “é favorável” que se investigue a fraude do
INSS: “Quem deve que pague por lesar pessoas pobres, que responda, às penas da
lei”.
Benes Leocádio explicou que na tarde desta terça-feira (6), a bancada do União se reúne em Brasília para discutir a questão, pois existe uma orientação partidária de que tratando-se de CPI e PEC, de ser tomada uma decisão conjunta nesses casos.
Leocádio explicou que o pedido de CPI foi encaminhada na quarta-feira (30) e
havia deputados que já tinham viajado para seus estados por conta do
‘feriadão”.
Também já havia número suficientes de assinatura e, segundo Leocádio, o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados permite que, posteriormente, cada
parlamentar possa requerer e acostar assinatura à criação da CPI,
individualmente.
Já o deputado federal João Maia decidiu se posicionar a respeito nesta
quarta-feira (7). depois de conversar com a direção nacional do Partido
Progressistas, segundo informou sua assessoria de Imprensa.
A TRIBUNA DO NORTE tentou contato com os deputados Robinson Faria, que está de
saída do PL, Fernando Mineiro e Natália Bonavides (PT), mas não obteve
resposta.

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