Ministro-chefe do GSI pede demissão do cargo após repercussão de vídeo

Flagrado pelas câmeras de vigilância no Palácio do Planalto durante os atos do dia 8 de janeiro, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O pedido ocorreu nesta quarta-feira (19).

O pedido de demissão por parte de Dias ocorreu após uma reunião com Lula e chefes de outras pastas, no Palácio do Planalto.

O governo federal emitiu uma nota, nesta quarta, sobre os atos. De acordo com o comunicado, "A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio."

Ainda segundo o comunicado, as imagens registradas pela câmeras de vigilância do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal. A nota também informa que "todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI" e que "A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro".

O que as câmeras registraram

As imagens do circuito interno, cujo acesso foi disponiblizado à CNN Brasil, mostram que o ministro-chefe estava na antesala do gabinete presidencial enquanto havia invsasores no local, circulando próximos a ele. As imagens também mostram o tratamento dado pelo ministro e pelos funcionários do GSI aos invasores do Palácio. Em determinado momento, Dias e um dos funcionários abrem uma das portas para a entrada dos invasores na antesala, sem nenhum tipo de resistência.

Um capitão do exército (que, segundo fontes da CNN, também integrava o GSI na época) também esteve presente no local, agindo com naturalidade diante dos invasores na antesala. O registro do circuito interno mostra o momento em que o militar serve água para eles. Em outro momento, o capitão tenta conter um grupo de pessoas, mas não reage ao ver um homem levar um extintor.

Com informações do g1