A presidente da Caixa
Econômica Federal, Rita Serrano, suspendeu a opção de empréstimo consignado do
Auxílio Brasil. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (12), tendo como
justificativa a falta de condições apresentadas pelo banco para bancar as
prováveis perdas advindas com inadimplência durante a gestão do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Serrano, a
decisão apresenta duas motivações principais. “O primeiro é que o governo está
revendo o cadastro. Então, não seria de bom tom [manter]. O segundo é que os
juros são muito elevados para essa parcela da população", afirmou. A
parcela do empréstimo, vale lembrar, podia ser de até 40% do valor do
benefício. O pagamento, por sua vez, acontecia por meio de desconto
direto no benefício da família.
Com o ingresso no cargo nesta quinta-feira, a posse da nova presidente aconteceu na sede da Caixa Cultural em Brasília, em evento que contou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama, Janja, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em depoimento à imprensa, Serrano afirmou que a Caixa e o Banco do Brasil devem ser o motor do novo programa de renegociação de dívidas, uma das propostas de Lula.
No momento, assegurou Serrando, os critérios do programa estão sendo definidos pela equipe econômica do governo e os presidentes dos bancos públicos. A expectativa é que ele seja lançado em fevereiro deste ano. O ministro da Fazenda, no entanto, declarou que o programa deve ser finalizado logo após seu retorno da viagem à Suíça, onde ele participa do Fórum Econômico Mundial, na próxima semana.
A presidente da Caixa disse,
também, que pretende renegociar com o (TCU) mais prazo para devolução de R$ 20
bilhões em recursos transferidos pelo Tesouro para investimentos. "Nos
próximos dias vou ao TCU tentar mais prazo, oito anos. É demais para o banco
devolver R$ 5 bilhões, em média, por ano”, compartilhou.
Tribuna do Norte
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