Um fator já definido pelo
Governo do Estado é que a gestão do porto-indústria de energia eólica offshore
a ser viabilizado na costa do RN será por meio de uma Parceria Público-Privada
(PPP), garante o coordenador energético do Rio Grande do Norte, Hugo Fonseca. A
ideia é que, uma vez pronto, o Estado entre com os incentivos fiscais e uma
empresa “mãe” arque com os investimentos para o plano estratégico do porto.
Segundo ele, já há acordos e conversas feitas com empresas do segmento eólico
para a viabilização do empreendimento.
“É um porto com plataforma em
terra. A diferença desse Porto multipropósito é que se precisa ter uma cadeia
da indústria e toda a rede de suprimentos dentro do porto. Então digamos que
uma fábrica de aerogeradores ou de pás eólicas, todas as peças e componentes
serão fabricadas dentro do Porto. Não há trânsito nem translado por rodovias
estaduais e federais como acontece com a eólica onshore. Como é em alto mar, e
as peças são muito pesadas do que turbinas em terra, é inviável fazer esse
transporte por rodovias”, diz.
O Rio Grande do Norte é o maior gerador de energia eólica do Brasil. Segundo
dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado possui 11,2 GW
de capacidade outorgada, sendo 6,6 GW já em operação. Em termos de construção
não iniciada, o Estado possui 2,9 GW, ficando atrás apenas da Bahia, com 3,6
GW.
Na última segunda-feira (14), durante assinatura do processo de contratação de
estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto de construção de um
porto-indústria multiuso, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime
Calado, a exigência de uma produção mais limpa de energia — sem a emissão de
carbono — exige um empreendimento desse porte no litoral potiguar. "A
finalidade é dar suporte à indústria eólica offshore, além de permitir a
exportação de sal, ferro, pescado, produtos da fruticultura potiguar".Com
o porto-indústria, justifica Jaime Calado, o governo está enfrentando um dos
grandes gargalos do desenvolvimento e se preparado para explorar o hidrogênio
verde, o combustível que vai substituir o petróleo no futuro próximo.
Números
É capacidade de produção do
setor de energia eólica no Rio Grande do Norte.
É capacidade outorgada para
energia eólica no Rio Grande do Norte.
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