quarta-feira, 10 de novembro de 2021

TCU arquiva representações que pediam apuração sobre 'orçamento secreto'

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (10) arquivar os pedidos formulados pelo Ministério Público de Contas e pelo deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) para apurar se o presidente Jair Bolsonaro criou um "orçamento secreto em troca de apoio parlamentar". O tribunal não analisou o mérito dos pedidos.

O relator, ministro Raimundo Carreiro, afirmou que já existe no tribunal um outro processo, em estágio mais avançado, que investiga supostas irregularidades em obras feitas pela estatal Codevasf bancadas com recursos de emendas. Esse processo é relatado pelo ministro Aroldo Cedraz.

"Proponho conhecer dos pedidos do subprocurador Lucas Furtado e do Molon e arquivá-los sem julgamento de mérito por medida de eficiência, porque existe outro processo (14.379/2021), do Aroldo Cedraz, autuado na mesma data, com igual conteúdo, em mais avançada fase de instrução, além de outros processos com objetivos semelhantes", disse Carreiro.

Ele afirmou que, ao todo, são 11 processos tramitando no TCU sobre o assunto, sendo o processo relatado por Cedraz o mais avançado. "O que está em fase mais adiantada é o do Cedraz, toda a documentação que foi objeto de pedido de diligência a ser feita junto à Presidência da República já está disponível ao tribunal", explicou.

Em junho, ao julgar as contas de 2020 do presidente da República, o TCU analisou o tema das emendas de relator e recomendou ao governo dar ampla publicidade aos documentos que embasaram a distribuição das emendas de relator em 2020, além de manter a transparência para os anos subsequentes.

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