Percentualmente, o RN foi o segundo Estado do Nordeste que mais cresceu em recursos movimentados no comércio exterior em 2021, ficando atrás apenas de Sergipe, cujo crescimento foi de 127,9%. O destaque entre os produtos potiguares é para o petróleo combustível bruto (classificado como fuel oil) e o melão.
O primeiro continua na dianteira entre os produtos exportados pelo Rio Grande do Norte, sendo responsável no mês por remessas que totalizaram US$ 25,8 milhões. Contudo, o volume é US$ 25,8 milhões menor que o mês anterior, quando as exportações desse produto chegaram ao patamar de US$ 44,6 milhões.
O Boletim da Balança Comercial do RN, informativo elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte, com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, mostra que outros quatro produtos deram força às vendas externas: os melões (US$ 19,3 milhões), as melancias (US$ 8 milhões), as pedras preciosas (US$ 1,4 milhão) e o sal marinho (US$ 1,4 milhão), resultando, juntamente com outras mercadorias, um total de US$ 69,6 milhões. É o melhor desempenho para o mês de outubro no intervalo entre 2017 e 2021.
Os embarques de melões frescos com destino a outros países, sobretudo o Reino Unido e a Holanda, figuram no segundo lugar das exportações do Estado. Em setembro deste ano, o RN comercializou no mercado internacional US$ 10,8 milhões, desempenho que estava relacionado à retomada da entressafra da fruta. Junto ao petróleo, enviado especialmente para Cingapura, os melões somaram US$ 45,1 milhões em outubro, o que equivale a 65% de todas as exportações potiguares no mês.
De acordo com a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), o aumento dos valores, resultado da venda de produtos para outros países, também se refletiu no movimento de cargas do Porto de Natal, que, em outubro, movimentou 84.464 toneladas, sendo 9.676 toneladas a mais que o mesmo mês de 2020. Segundo a autarquia, 98% da carga movimentada no mês era composta por frutas.
“O aumento na movimentação atende as nossas expectativas, reafirma o potencial do nosso Porto de Natal, a confiança dos empresários e nos mostra claramente a retomada econômica”, afirmou o Diretor-Presidente Substituto da companhia, Ulisses Danilo Silva Almeida.
Pelo Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante o volume foi menor com 319,3 toneladas. Mesmo assim, a quantidade ainda é superior àquela que o terminal registrou em outubro de 2020, quando passaram por lá 191 toneladas, sendo a maior parte composta por frutas. No ano passado, o terminou movimentou 5,6 mil toneladas e em 2021 somou 3,5 mil até outubro.
Painéis solares impulsionam
importações
O Rio Grande do Norte importou US$ 263,9 milhões nos primeiros dez meses de 2021, o que representa um acréscimo de 76,9% em relação ao mesmo período de 2020. Mesmo assim, as exportações ainda superam as importações garantindo um superávit da balança comercial superior a US$ 112 milhões para o período analisado.
No mês de outubro, as importações também tiveram um incremento em comparação com o mesmo mês do ano passado, subindo de US$ 25,1 milhões para US$ 35,8 milhões e, como as exportações ficaram em US$ 69,6 milhões, a balança comercial potiguar ficou favorável no mês passado, com um superávit de US$ 33,8 milhões, o terceiro maior deste ano.
Segundo o boletim do Sebrae, o
impulso foi dado principalmente pela compra de painéis fotovoltaicos da
China (US$ 19,9 milhões) e pelo trigo e misturas com centeio que vieram
da Argentina (US$ 3 milhões).

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