

Apaixonado por música, tocar
com os amigos é um dos prazeres que a música traz, conta Gustavo. “Eu gosto da
música porque quando eu toco eu sinto prazer de fazer os solos, cantar e tocar
com meus amigos os instrumentos”.
Ele demonstrou interesse pela
música assim que aprendeu a falar e aos 5 anos, se encantou pelos Beatles,
quando participou de uma apresentação do dia das mães. Ele foi aprendendo o
repertório da banda inglesa com grande velocidade.
No mesmo ano, ele começou a se
apresentar ao lado de Marco Mallagoli, presidente do Fã Clube Revolution em São
Paulo e, em pouco tempo, o repertório do garoto já englobava mais de 50
sucessos dos Beatles.
A lista de habilidades da
criança só cresceu ao longo dos anos, atualmente ele é capaz de tocar guitarra,
baixo, violão, ukulele, bateria, teclado e outros instrumentos, além de cantar
e já ter quatro músicas autorais. Aos 6 anos gravou seu primeiro álbum, com 14
sucessos da banda, atualmente disponível nos streamings.
Fascinado também por
tecnologia, ele está sempre curioso por aprender - e ensinar: “A tecnologia me
estimula a fazer novas coisas como um sistema operacional fazer parecer com
outro sistema operacional, criar sites, dar aula para os meus avós online”.
Além da música e da tecnologia, ele curte montar estúdios e editar. Pretende
juntar as paixões na carreira que for seguir.
“Além da tecnologia, eu gosto
de montar um estúdio de TV em casa, porque tem as falas, as trocas de câmeras,
as músicas de abertura e encerramento. Eu também gosto da parte do áudio,
montar um estúdio de rádio e fazer a programação. Pretendo agregar música e
tecnologia e outras coisas que eu gosto na minha profissão. Tenho o sonho de
ter um ‘Gustavo Saldanha Animation Studio’, que é um complexo com várias
coisas: estúdio de TV, rádio, teatro, escola, biblioteca”, conta o garoto,
muito determinado.
O estudante do 3º ano do
Ensino Fundamental sabe da importância das aulas para sua formação. “Na escola
eu tento ser um bom aluno, prestar atenção na instrução da professora. Eu gosto
de aprender muito sobre a música, tecnologia, aprender sobre o corpo humano, mas
de algumas coisas nem tanto!”, admite Gustavo.
Como se mede o QI
A neuropsicóloga catarinense
Leninha Wagner, especialista em testes de QI, explica como se define a
inteligência: “Ela é a ‘qualidade mental’ que consiste nas habilidades de
aprender com a experiência, adaptando-se a novas situações, compreendendo e
gerenciando conceitos abstratos e o uso do conhecimento para manipular o
próprio ambiente". Já o Quociente de Inteligência, ou simplesmente
conhecido por QI, “se refere a uma medida padronizada da capacidade cognitiva
de uma pessoa, estipulada cientificamente a partir de testes”.
Leninha conta que a medição é
realizada através de testes padronizados, com o objetivo de mensurar a
inteligência da pessoa: “Baseia-se em um conjunto de tarefas, verbais ou
não-verbais, em que são exigidos tipos particulares de comportamentos. Esses
testes buscam determinadas respostas diante de situações problemas, que
permitem verificar as habilidades e os tipos de relações que o indivíduo é
capaz de estabelecer com o meio”.
Quais os valores de QI
Feito o resultado, é preciso
saber interpretá-lo. A neuropsicóloga explica os valores encontrados: “Quando
uma pessoa se submete a testagem de QI e alcança resultado entre 115 e 129 ele
está acima da média. Superdotado de 130 a 144 pontos e gênio acima de 144
pontos”.
A neuropsicóloga aponta as
características de pessoas com alto QI. “Pessoas com altas habilidades, ou
superdotados, ou ainda gênios, podem ter um comportamento super normal
socialmente. Porém, certamente irão apresentar uma maior velocidade no
processamento de dados”.
Para os pais e responsáveis
que desejam avaliar o QI de seus filhos, não há empecilhos para que passem
pelos testes. “As crianças podem ser testadas e confirmar que são portadoras de
alto QI e/ou altas habilidades”, acrescenta. “Com o resultado em mãos, os pais
podem procurar as melhores escolas que permitirão o pleno desenvolvimento dos
pequenos, o que irá ajudar e muito na construção de um futuro brilhante para
eles, pois eles se sentirão desafiados e poderão desenvolver ainda mais suas
capacidades”, conclui.
Menino prodígio
Com um QI de 140, o pequeno
prodígio é atualmente o membro brasileiro mais novo da Mensa, a associação
internacional de pessoas de alto QI. Com o apoio da consultoria do, também
membro da Mensa, neurocientista, doutor e phd em neurociências Fabiano de
Abreu, Gustavo foi aconselhado a fazer o teste da associação fora do Brasil.
“A associação do Brasil não
aceita crianças por enquanto. Então, fizemos na internacional onde ele foi aprovado.
Agora seguimos diversas orientações que, se Deus quiser, trarão resultados
futuros para a vida do Gustavo ”, detalha Luciane Saldanha, mãe de Gustavo.
Para o neurocientista, o caso
de Gustavo comprova a sua tese sobre a importância da plasticidade cerebral. “A
inteligência tem precursor genético e o fenótipo resulta num desenvolvimento
que sugere pistas que podem ser passadas para a próxima geração. Por isso a
importância do nível educacional, da leitura, da aprendizagem para desenvolver
uma população”, detalha Abreu.
Edição: Denise GriesingerAgenciaBrasil
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