Uma mulher foi morta a tiros
pelo ex-marido dentro de um mercadinho na manhã desta quinta-feira (28) no
município de Pedro Velho,
no interior do Rio Grande do
Norte. O homem, de 30 anos, se entregou à polícia horas depois do
crime.
Rayana Nadjara Oliveira, de 34
anos, foi atingida por seis tiros. Segundo a PM e à família da vítima, o
motivo do crime foi o fato do ex-marido não aceitar o fim do relacionamento.
O crime aconteceu por volta
das 11h30 na Travessa Castelo Branco, no bairro Acampamento. O mercadinho
em que a vítima estava pertence à mãe dela. A filha do casal, de cinco anos,
também estava no local no momento em que a mãe foi morta.
"Eles já se separaram
diversas vezes, mas ele nunca aceitava, sempre recorria. Eu acho que ele
ameaçava e por esse motivo ela voltava", lamentou uma prima de Rayana, que
preferiu não se identificar.
"Dessa vez ela não queria,
de forma alguma. Mesmo assim ele insistia. Então chegou ao ponto dela não
querer e ele não aceitar".
Para adquirir a arma que usou
no crime, o criminoso vendeu uma motocicleta da ex-mulher para conseguir o
dinheiro.
"Ela se encontrava no
local junto com a filha. Eles já estavam separados. Ela não queria mais ele e
ele vendeu uma motocicleta, comprou uma arma, segundo ele mesmo, e tirou a vida
dela. Ele não aceitava e ela não queria mais", explicou o terceiro
sargento da PM de Pedro Velho, Marcos Souza.
Horas depois do crime, o irmão
do suspeito procurou a polícia para dizer que ele iria se entregar. O criminoso
foi preso em Pedro Velho e disse aos policiais que jogou a arma usada no
assassinato em uma barragem.
O criminoso, que tinha deixado
a prisão recentemente, foi conduzido inicialmente pelos policiais à Plantão
Zona Sul, em Natal, e não à delegacia de Pedro Velho, por uma questão de
segurança em função da comoção no município.
Em seguida, ele foi levado
para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) da Zona Norte,
que vai investigar o caso. Ele deve ser indiciado por feminicídio.
Rayana Nadjara Oliveira deixa dois filhos. O corpo dela foi recolhido pelo Instituto Técnico-científico de Perícia (Itep).
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