As livrarias, que tiveram que
fechar as portas logo no início da emergência sanitária, foram altamente
afetadas pela impossibilidade de vendas. Agora, registram o retorno gradual do
público e o aumento significativo nas vendas de livros em geral.
“As pessoas compraram muito
mais livros [na pandemia]. Passados os quatro primeiros meses, quando houve
muita incerteza e muitas dificuldades até mesmo de logística e de lojas
fechadas, as pessoas começaram a se reconectar e as vendas cresceram, o que
observamos no mundo inteiro. Aqui no Brasil demorou um pouco mais. Começamos a
notar isso mais forte a partir de agosto. De setembro em diante, o crescimento
foi tão grande que praticamente recuperou todas as perdas do período inicial da
pandemia. E esse movimento permanece em 2021”, disse Marcos da Veiga Pereira,
presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel)
Segundo ele, neste ano de
2021, o setor está crescendo de forma robusta inclusive sobre 2019, período
anterior à pandemia. “Acho que as pessoas redescobriram o prazer de ler e
[isso] recolocou o livro nos hábitos diários”, disse Pereira.
Ler é um hábito para a
especialista em inovação Solange Belchior, 43 anos. “Sempre foi uma das minhas
atividades favoritas nas minhas horas vagas”, disse ela, que costumava ler
cerca de dez livros por ano. Solange lê muito mais do que a média
nacional: a quantidade média de livros consumida pelo brasileiro é de
apenas 2,5 livros inteiros por ano.


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