O Banco Central informou
nesta quinta-feira (30) que foi registrado um vazamento de chaves do PIX, sistema de pagamentos
instantâneos, que
estavam sob a guarda e a responsabilidade do Banco do Estado de Sergipe
(Banese). Esse foi o primeiro vazamento registrado pelo BC.
Segundo a autarquia, o
vazamento ocorreu por conta de "falhas pontuais em sistemas da instituição
financeira e envolveu informações de natureza cadastral, que não dão margem à movimentação
de recursos ou acesso a contas".
Banco Central
anuncia medidas para tornar o PIX mais seguro
Saiba como se
prevenir de fraudes por WhatsApp, PIX, delivery e outros golpes virtuais
"Não foram expostos dados
sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros
em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo
bancário", afirmou o BC, em nota.
A autoridade monetária
acrescentou que vai apurar o ocorrido e aplicar medidas sancionadoras previstas
na regulação.
As pessoas afetadas pelo
vazamento, segundo o BC, serão notificadas exclusivamente por meio do
aplicativo do seu banco. "Nem o BC nem as instituições participantes
usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como
aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou email", alertou a
autarquia.
Em comunicado, o Banese
afirmou que sua área técnica detectou "consultas indevidas" a dados
relacionados a 395.009 chaves PIX de pessoas que não são clientes do banco.
Essa consulta, segundo o
banco, se deu a partir do acesso de duas contas bancárias de clientes do Banese
provavelmente por meio de phishing (ação fraudulenta para obter
informações confidenciais).
O banco reiterou que o
vazamento não afetou a confidencialidade de senhas, histórico de transações ou
demais informações financeiras dos clientes e destacou que está trabalhando na
apuração dos fatos e na implementação de mecanismos de segurança para o evitar
que casos semelhantes não voltem a ocorrer.
Medidas de segurança do BC
A notícia do vazamento vem
depois do BC ter adotado
medidas para aumentar a segurança do PIX em meio à ocorrência de crimes,
incluindo sequestros relâmpagos, que permite transferências
imediatas feitas nos sete dias da semana e a qualquer horário.
O BC estabeleceu um limite de
R$ 1 mil reais para operações entre pessoas físicas das 20h às 6h. Também
permitiu que a instituição que detém a conta do usuário recebedor pessoa física
possa efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de
suspeita de fraude.
Nesta terça-feira (28), o
BC anunciou
novas medidas para tornar o PIX mais seguro entrarão em vigor em 16 de
novembro. Entre elas, estão o bloqueio preventivo dos recursos
em caso de suspeita de fraude e notificações obrigatórias de transações
rejeitadas.
A autarquia também informou que mudou o regulamento do PIX para deixar claro que os bancos devem ser responsabilizados por "fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos".
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