Segundo ele, o governo ainda
avalia alternativas para reforçar o caixa da empresa, incluindo a possibilidade
de combinar o aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano,
embora não haja decisão final.
Haddad destacou que há espaço
fiscal em 2025 para um aporte, mas reforçou que a medida não está definida.
“Até teria [espaço], mas não é
uma coisa que está decidida”, afirmou ao conversar com jornalistas na porta do
Ministério da Fazenda.
O ministro reiterou que
qualquer ajuda financeira será condicionada ao plano de reestruturação da
estatal.
“Nós sempre estamos
condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar,
precisam ser reestruturados”, disse.
Diferentes formatos de aporte
De acordo com Haddad, o aporte
de R$ 6 bilhões não deve se confirmar nessa quantia.
“Esse valor, não. É valor
inferior a esse pelo que eu sei”, declarou.
Inicialmente, os Correios
cogitavam receber um reforço de caixa de R$ 6 bilhões do Tesouro para cobrir o
prejuízo do mesmo valor acumulado de janeiro a setembro.
O aporte pode ser viabilizado
por meio de crédito extraordinário ou via Projeto de Lei do Congresso Nacional
(PLN), caso o governo considere necessário. Ambas as alternativas ainda estão
em avaliação pela equipe econômica.
Empréstimo em negociação
Além da injeção direta de
recursos, o governo discute oferecer aval para um empréstimo aos Correios. A tratativa intensificou-se após o Tesouro negar um
pedido de R$ 20 bilhões feita pela estatal.
A nova proposta prevê reduzir
o valor do crédito para algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, de modo a
permitir que a empresa obtenha juros mais baixos no mercado. Foi justamente o
custo elevado da operação que motivou o veto inicial do Tesouro.
Haddad disse que o empréstimo
pode ser aprovado ainda este ano, mas lembrou que a negociação com os bancos
continua travando o avanço.
“É uma possibilidade, mas não
estamos jogando com uma possibilidade só por causa da negociação com os
bancos”, afirmou.
O ministro deu as declarações
após se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por
cerca de quatro horas na tarde desta segunda.
O encontro, na residência
oficial da Presidência da Câmara, discutiu projetos que o governo quer que
sejam aprovados antes da votação do Orçamento de 2026, prevista para a próxima
semana.
Agência Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário