Txai disse que as
manifestações indígenas recentes na Zona Azul da COP30, como os protestos de
terça e sexta-feira, são um recado claro de que os povos tradicionais não se
sentem representados da maneira como deveriam.
“Imagina ter um evento na sua
casa e você não poder entrar lá, enquanto eles decidem sobre a sua vida,
enquanto o seu território segue ameaçado, segue sofrendo violações, as suas
pessoas seguem morrendo”, disse Txai.
“Os povos indígenas jamais
permitirão que um evento como esse aconteça sem que as vozes deles sejam
ouvidas, sem que grito seja dado, sem que as denúncias sejam feitas e sem que
as pressões aconteçam. Nós precisamos ter espaços de decisão”, complementou.
A ativista do povo Paiter
Suruí, cujos territórios ficam nos estados de Rondônia e Mato Grosso, celebrou
a participação dos movimentos sociais e dos povos tradicionais nas ruas durante
a marcha deste sábado.
“Um momento importantíssimo no
qual se juntam movimentos sociais, povos indígenas, quilombolas, extrativistas,
população da floresta, população da Amazônia para dizer ao mundo o que
queremos”, disse Txai.
“Dizemos ao mundo que não aceitamos mais a exploração de óleo na Foz do Amazonas e que a demarcação dos territórios é um direito dos povos indígenas, que a demarcação é uma das principais soluções que o Brasil e o mundo podem tomar no combate às emergências climáticas. Se a COP não consegue nos dar respostas para a crise, a gente está aqui dizendo que a resposta somos nós”, complementou.
Agência Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário