segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Mulheres que transformaram o estado

O Rio Grande do Norte carrega um legado histórico de pioneirismo feminino na política brasileira. Foi aqui que, em 1928, Alzira Soriano tornou-se a primeira prefeita eleita da América Latina, em Lajes — gesto inaugural de um protagonismo feminino que se renovaria nas décadas seguintes.

Entre as figuras centrais da política potiguar está Wilma de Faria (1945–2017), que entrou para a história como a primeira mulher eleita governadora do RN. Com percurso enraizado na educação e na gestão municipal em Natal, Wilma consolidou-se como liderança popular e abriu caminho para outras mulheres no Executivo estadual. Com a chamada “Agenda do Crescimento do Rio Grande do Norte”, a TN cobriu a posse para o segundo mandato, em 2 de janeiro de 2007, quando foi reeleita.

Pessoa posando para foto

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Mulheres na política potiguar: de pioneiras a protagonistas

Outra trajetória de peso é a de Rosalba Ciarlini, médica e ex-prefeita de Mossoró, que governou o estado entre 2011 e 2014 e exerceu mandatos no Senado e na prefeitura, demonstrando longevidade e capacidade de articulação no cenário potiguar. No recorte contemporâneo, Fátima Bezerra ocupa papel singular: eleita governadora em 2018 e reeleita em 2022, ela é a terceira mulher eleita para o governo do RN. % dos votos válidos. Sua trajetória vem de movimentos estudantis e do magistério.

Homem falando no microfone

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O avanço da participação feminina também se reflete no Legislativo. A Assembleia Legislativa do RN tem a maior bancada feminina da história, com cinco deputadas – Cristiane Dantas (SDD), Divaneide Basílio (PT), Eudiane Macedo (PV), Isolda Dantas (PT) e Terezinha Maia (PL) – um patamar inédito que sinaliza progresso, embora reforce o desafio de ampliar a representatividade em um ambiente ainda majoritariamente masculino.

Mulher sentada em uma mesa

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Na esfera municipal, a presença das mulheres é igualmente crescente. Em Natal, a atuação de lideranças locais e de ex-vereadoras como Júlia Cavalcanti, a pioneira em 1928, Ana Catarina Alves Wanderley, Júlia Arruda, Sargento Regina, Amanda Gurgel, Justina Iva, Professora Eleika e Nina de Souza, hoje primeira-dama com trajetória legislativa — mostra a transversalidade do engajamento feminino: da pauta social de base à governança urbana.

De Alzira Soriano a Wilma de Faria, passando por Rosalba Ciarlini e pela chegada das lideranças de origem popular como Fátima Bezerra, a política potiguar evidencia uma transformação: mulheres conquistam espaços antes vedados, reconfiguram cadeiras de poder e ampliam o repertório das políticas públicas.

Tribuna do Norte

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