“Começamos essa investigação no início de julho com a finalidade de apurar uma organização criminosa que rondava a área da Redinha e a área portuária com a finalidade de transportar e armazenar entorpecentes. Desde julho, conseguimos realizar diligências de alta eficácia, monitoramos esse grupo e sabíamos que essa entrega seria realizada, mas não sabíamos quando. Nos últimos dias conseguimos confirmar que a entrega seria realizada neste domingo à noite. Mobilizamos equipes, tivemos informações de que essa droga não seria somente transportada, mas também teria segurança de batedores diante do alto valor da droga e assim posicionamos equipes na região”, disse o delegado Lucas Alexandre.
Segundo a Polícia Civil, na
primeira fase da operação, ainda na madrugada, as equipes localizaram cerca de
600 kg da droga que estavam sendo transportados em um veículo, com indícios de
que seriam encaminhados para uma embarcação no Porto de Natal. Além do
entorpecente, dois carros também foram apreendidos. Já pela manhã, na
continuidade das diligências, as equipes da Receita Federal e Polícia Civil
localizaram outros 600 kg de cocaína em uma área de prainha, próxima a um
manguezal, também na Redinha. A suspeita é de que o material tenha sido
abandonado pelos investigados ao perceberem a aproximação das autoridades.
As defesas dos homens presos
negaram as ligações com a cocaína durante coletiva de imprensa nesta
segunda-feira (29), na Central de Flagrantes. Segundo o advogado Adrianno
Maldini, que representa dois dos homens presos, disse que seus clientes não
conhecem o policial militar preso.
“A investigação aponta que
eles foram encontrados em uma Fiorino com substâncias análogas à cocaína.
Naquele momento inicial, eles não tinham conhecimento algum daquilo que estava
sendo transportado. Eles foram contratados para transportar, porteira fechada,
o que era, segundo eles, muamba, que é um transporte irregular e descaminho,
uma contravenção penal, mas não tráfico de drogas, não o tráfico de uma
substância tão nojenta como a cocaína. Eles dois não têm vínculo nenhum com
esse PM e eles em si não estavam com arma de fogo nem nada”, disse.
Já a advogada do policial
preso, Anny de Sousa, também disse que seu cliente não tem relação com a droga.
“O policial nem conhece os outros dois acusados dessa investigação. O PM foi
colocado nessa situação de forma completamente enganosa, errada, ele nem sequer
estava no local onde foi flagrada com as drogas e foi uma situação em que ele
foi colocado de forma enganosa”, disse.
Essa não é a primeira vez que
drogas são apreendidas na região portuária de Natal. As primeiras apreensões de
cocaína registradas no Porto de Natal ocorreram em 2019, com 4.441,39 kg de
cocaína acondicionadas em contêneres de frutas que seriam exportadas para a
Europa.
Tribuna do Norte

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