terça-feira, 30 de setembro de 2025

Cocaína apreendida em Natal vale R$ 150 milhões, afirma Polícia Civil

A cocaína apreendida com um trio de homens numa operação da Polícia Civil e Receita Federal tinha valor de mercado de pelo menos R$ 150 milhões. A apreensão de 1,2 tonelada da droga ocorreu na noite deste domingo (28) e foi uma das maiores registradas pela Polícia Civil no RN. A droga seria enviada para outro estado não divulgado pelos investigadores. Três homens foram presos, sendo um deles policial militar aposentado. O trio pego com 1,2 tonelada de cocaína na Redinha era investigado desde julho deste ano. As defesas dos investigados negaram a ligação dos presos com a droga.

“Começamos essa investigação no início de julho com a finalidade de apurar uma organização criminosa que rondava a área da Redinha e a área portuária com a finalidade de transportar e armazenar entorpecentes. Desde julho, conseguimos realizar diligências de alta eficácia, monitoramos esse grupo e sabíamos que essa entrega seria realizada, mas não sabíamos quando. Nos últimos dias conseguimos confirmar que a entrega seria realizada neste domingo à noite. Mobilizamos equipes, tivemos informações de que essa droga não seria somente transportada, mas também teria segurança de batedores diante do alto valor da droga e assim posicionamos equipes na região”, disse o delegado Lucas Alexandre.

Segundo a Polícia Civil, na primeira fase da operação, ainda na madrugada, as equipes localizaram cerca de 600 kg da droga que estavam sendo transportados em um veículo, com indícios de que seriam encaminhados para uma embarcação no Porto de Natal. Além do entorpecente, dois carros também foram apreendidos. Já pela manhã, na continuidade das diligências, as equipes da Receita Federal e Polícia Civil localizaram outros 600 kg de cocaína em uma área de prainha, próxima a um manguezal, também na Redinha. A suspeita é de que o material tenha sido abandonado pelos investigados ao perceberem a aproximação das autoridades.

As defesas dos homens presos negaram as ligações com a cocaína durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29), na Central de Flagrantes. Segundo o advogado Adrianno Maldini, que representa dois dos homens presos, disse que seus clientes não conhecem o policial militar preso.

“A investigação aponta que eles foram encontrados em uma Fiorino com substâncias análogas à cocaína. Naquele momento inicial, eles não tinham conhecimento algum daquilo que estava sendo transportado. Eles foram contratados para transportar, porteira fechada, o que era, segundo eles, muamba, que é um transporte irregular e descaminho, uma contravenção penal, mas não tráfico de drogas, não o tráfico de uma substância tão nojenta como a cocaína. Eles dois não têm vínculo nenhum com esse PM e eles em si não estavam com arma de fogo nem nada”, disse.

Já a advogada do policial preso, Anny de Sousa, também disse que seu cliente não tem relação com a droga. “O policial nem conhece os outros dois acusados dessa investigação. O PM foi colocado nessa situação de forma completamente enganosa, errada, ele nem sequer estava no local onde foi flagrada com as drogas e foi uma situação em que ele foi colocado de forma enganosa”, disse.

Essa não é a primeira vez que drogas são apreendidas na região portuária de Natal. As primeiras apreensões de cocaína registradas no Porto de Natal ocorreram em 2019, com 4.441,39 kg de cocaína acondicionadas em contêneres de frutas que seriam exportadas para a Europa.

Tribuna do Norte

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