“Veio à tona o modus operandi
de Alexandre de Moraes para perseguir quem ele quer. Ele tinha a sua milícia
secreta no TSE para que ele pudesse, enquanto conduzindo um processo no Supremo
Tribunal Federal, usar uma estrutura judicial paralela para perseguir quem ele
queria”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Flávio Bolsonaro também
afirmou que a oposição já reúne todos os elementos para pautar a anistia aos
condenados do 8 de janeiro, no plenário do Congresso. “Uma anistia ampla geral
e irrestrita, que hoje não acontece porque há ameaças ao Congresso Nacional de
que, se nós votarmos essa matéria, ela será declarada inconstitucional, e não
é. É uma competência privativa do Congresso Nacional e nós temos que resgatar a
independência dos Poderes”, declarou.
O senador Rogério Marinho,
líder da oposição na Casa, fez críticas ao presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (União-AP), que, segundo ele, não tem dialogado com o grupo. Marinho
disse que Alcolumbre precisa “ter estatura” para dar seguimento à discussão do
pedido de afastamento de Moraes. Marinho anunciou uma obstrução na Câmara e
Senado em protesto à prisão de Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro
teve a prisão domiciliar decretada, pelo ministro Alexandre de Moraes, na noite
de segunda-feira (4). Em julho, o ex-presidente já havia se tornado alvo de uma
série de medidas cautelares por suposta tentativa de obstrução do processo no
qual é réu por tentativa de golpe de Estado.
O líder do PL na Câmara dos
Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acrescentou na coletiva que a oposição
não vai deixar a Câmara reabrir seus trabalhos do segundo semestre “enquanto
não houver um diálogo sério para pensar soluções para o Brasil”. “Não vamos
recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação”, complementou
Cavalcante.
Sóstenes afirmou ainda que a
oposição está “entrincheirada”, a partir desta terça-feira, com “uma série de
ações e uma coordenação centralizada”. O líder destacou que o presidente do PL,
Valdemar Costa Neto, teve uma “conversa de alinhamento” com outros dirigentes
de partidos nesta manhã.
“A partir de agora estamos nos
apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não
haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa
pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”,
destacou o líder do PL.
Com informações de Estadão
Conteúdo.

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