Em 10 de abril de 2018, em
protesto contra a prisão, deputados do PT, Psol, PDT e PCdoB entraram no
plenário com faixas e cartazes pedindo “Lula Livre” e entoaram “Lula Livre” e
“Lula, guerreiro do povo brasileiro”. Parte dos parlamentares participantes do
ato chegou a se posicionar atrás da Mesa Diretora. A manifestação impediu o
prosseguimento dos trabalhos legislativos no plenário.
O então líder do PT na Câmara,
Paulo Pimenta (RS), argumentou daquela vez que Lula era um “preso político”.
“Foi condenado em um processo sem provas e sem crimes e teve sua prisão
autorizada de maneira ilegal”, afirmou.
O então deputado Nelson
Pellegrino (PT-BA), por sua vez, disse que Lula era líder as pesquisas de
intenção de votos para a presidência da República e, por isso, a oposição não
podia aceitar sua prisão e a obstrução era o instrumento que tinham para protestar.
Já em relação ao ato desta
semana, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigue (PT-AP), disse que
não se tratava de obstrução, mas de “vilipêndio“ e um movimento similar aos
atos de 8 de janeiro de 2023, quando o Congresso foi invadido e depredado por
bolsonaristas.
“Eu acho que isso não é
obstrução. Obstrução ocorre quando a sessão no Congresso Nacional ou das Casas
é instalada, e legitimamente a oposição quer obstruir. Isso não é obstrução, é
vilipêndio. Impedir o pleno funcionamento das Casas do Congresso Nacional é
outro 8 de janeiro, que está sendo organizado, está em vigor, pelos mesmos que
fizeram o ato terrorista de 8 de janeiro de 2023”, declarou Randolfe.
“O que ocorre hoje no
Congresso Nacional é outro 8 de janeiro, é um vilipêndio ao funcionamento pleno
do Congresso Nacional daqueles que estão a serviço de interesses estrangeiros,
estão a serviço da impunidade e não querem que a agenda do Brasil avance. Nós
estamos aqui querendo trabalhar e que a agenda do Brasil avance, e queremos
‘anistia’ para milhões de brasileiros que pagam imposto de renda, é essa
anistia que queremos que seja votada”.
Ele prosseguiu: “E a anistia
que eles querem é daqueles que cometeram crimes contra a democracia, contra as
instituições”.
Na última terça-feira, 5,
quando a oposição passou a ocupar a Mesa Diretor da Câmara, o líder do PT na
Casa, Lindbergh Farias (RJ) disse que o movimento era “inaceitável”. “Estamos
esperando o presidente da Casa chegar para restabelecer os nossos trabalhos. É
inadmissível que queiram parar na força o trabalho do Parlamento brasileiro.
Isso não vamos aceitar”, pontuou.
A oposição desocupou as Mesas
Diretoras da Câmara e Senado entre quarta-feira, 6, e esta quinta-feira, 7. A
ocupação tinha o objetivo também de pressionar as Casas a avançarem com o
projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de
2023 e outras matérias.

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