UFRJ se posiciona após professor aposentado citar guilhotina contra família de Justus

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou um comunicado nesta segunda-feira (7) após a repercussão negativa de uma publicação do professor aposentado Marcos Dantas Loureiro sobre a família do empresário Roberto Justus. Segundo a instituição, as declarações representam opiniões pessoais do docente e não têm relação com a universidade.

“O professor Marcos Dantas Loureiro é docente aposentado pela UFRJ desde o ano de 2022. As postagens publicadas pelo mesmo em suas redes sociais digitais expressam suas opiniões pessoais. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) repudiam qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros”, diz o comunicado.

No texto, a UFRJ reforça que é uma instituição “historicamente comprometida com a construção de um projeto de Nação, através do Conhecimento e da Ciência; baseia-se na defesa dos valores humanistas, na educação, na democracia e no diálogo em prol do Brasil”.

A polêmica envolveu o uso do termo “guilhotina” por Marcos, em referência à máquina de execução utilizada durante o período do Terror da Revolução Francesa, entre 1793 e 1794, para decapitar pessoas.

Em seu perfil no X, o professor se apresenta como “Líder do ComMarx-Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura”, grupo baseado na obra do filósofo socialista Karl Marx (1818-1883).

Marcos Dantas Loureiro participou do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com seu currículo, exerceu os cargos de Secretário de Educação a Distância do MEC (2004-2005), Secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério das Comunicações (2003) e integrou o Conselho Consultivo da Anatel, entre outras funções públicas.

Tribuna do Norte