quarta-feira, 16 de julho de 2025

Sinmed protesta contra falta de reajuste salarial

Médicos da rede municipal de Natal iniciaram nesta quarta-feira (15) uma paralisação dos serviços nas unidades públicas para reivindicar reajustes nas gratificações dos profissionais, segundo o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN). A entidade alega que não houve avanço nas negociações com a Prefeitura para readequação dos vencimentos, que estão sem reajuste há sete anos. O movimento teve início com uma mobilização na sede do sindicato e seguiu em carreata até a Prefeitura. A Saúde Municipal informou que a paralisação não compromete os serviços prestados.

De acordo com o sindicato, a paralisação pode ter impacto principalmente nos atendimentos ambulatoriais e os Programas de Saúde da Família (PSF), mantém o funcionamento das urgências e emergências, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), maternidades e hospitais. Segundo o sindicato, a estratégia adotada visa pressionar o Executivo municipal a retomar as negociações com propostas efetivas. Já a SMS, em nota enviada à reportagem, informou que o movimento não vem registrando influência nos serviços da rede pública administrada pela pasta.

A Secretaria reiterou argumentos apresentados em nota anterior, afirmando que os médicos vinculados ao município foram contemplados por uma “relevante reestruturação da política remuneratória”, que incluiu reajustes, incorporação de gratificações e ganhos permanentes nos vencimentos, com reflexos sobre aposentadorias e vantagens funcionais. Segundo a pasta, essas medidas representaram impacto de R$ 1,4 milhão. “Adotamos essa postura em reconhecimento à importância da valorização dos médicos, mas também pela ciência dos potenciais prejuízos que podem ser evitados para a população”, informou a SMS.

De acordo com o presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, a paralisação é uma medida necessária diante da estagnação da pauta salarial. “Nós não pedimos nem reajuste de salário base, pedimos readequação das gratificações. Alguns faz sete anos que não têm reajuste. Então, isto está na mesa e é o que, no momento, nós não conseguimos avançar”, afirma. Ele explicou que as negociações com o secretário de Saúde, Geraldo Pinho, têm ocorrido, mas não resultaram em compromissos financeiros concretos.

A previsão é que novas manifestações sejam realizadas nos próximos dias, caso o impasse não seja resolvido. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) propôs a manutenção de um canal aberto de negociações e pediu pelo fim da mobilização. “A SMS faz um apelo aos representantes dos médicos da rede municipal, para que mantenham aberto um canal de negociação e encerrem a paralisação dos seus serviços”.

Tribuna do Norte

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