A reunião convocada pelo
Governo do Estado irá contar com as participações dos secretários Carlos
Eduardo Xavier (Fazenda) e Alan Silveira (Desenvolvimento Econômico). Entre as
instituições e entidades convidadas estão Fiern, Fecomércio, Faern, Sebrae, Apex
Brasil, Codern, Intermarítima, Brava Energia e a Coex. Também foram convidados
os sindicatos dos setores industriais que exportam para os Estados Unidos ou
que possuem atividades relacionadas com esse mercado.
O encontro será realizado na
sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), no Centro
Administrativo, em Lagoa Nova, Natal. O secretário de Agricultura e Pesca,
Guilherme Saldanha, também deverá participar da reunião.
No convite, os secretários
destacam a necessidade de se definir, em conjunto, uma estratégia diante dos
possíveis impactos da tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos ao
Brasil, o que impactará diretamente o Rio Grande do Norte, que é um dos estados
que exporta para os Estados Unidos.
“Diante da urgência da
problemática e dos possíveis impactos econômicos da tributação americana sobre
os produtos exportados pelo nosso estado, convidamos [os senhores] para uma
reunião [com o intuito de] mobilizar os setores afetados e articular as melhores
estratégias em prol do nosso desenvolvimento econômico”, declararam os
secretários na convocação enviada aos dirigentes de federações empresariais,
sindicatos e instituições que atuam nas áreas relacionadas à exportação.
Comércio exterior
Segundo dados do Observatório
Mais RN, da Federação das Indústrias do Estado (Fiern), as exportações totais
do RN para os Estados Unidos somaram US$ 67,1 milhões no primeiro semestre
deste ano, um crescimento de 120% no comparativo com o mesmo período de 2024,
quando as vendas de produtos potiguares aos EUA totalizaram US$ 30,5 milhões.
De acordo com a Fiern, entre
os produtos exportados que serão mais impactados caso a tarifa entre em vigor
estão o atum e pescados de maneira geral, sal, petróleo e a fruticultura.
Entidades do setor produtivo e o Governo do Rio Grande do Norte se posicionaram
na última quinta-feira (10), preocupados com a decisão do mandatário
norte-americano. Eles apontam que a taxação afeta investimentos, empregos e
pode inviabilizar as exportações para alguns setores.
Em 2024, os principais
produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos foram
peixes frescos ou refrigerados, seguidos por produtos de origem animal e itens
de confeitaria sem cacau. As pedras de cantaria ou de construção e o sal também
figuraram entre os cinco mais vendidos ao mercado norte-americano, o que
evidencia a diversidade da pauta exportadora potiguar.
Já em 2025, os óleos de
petróleo figuraram no topo do ranking das exportações, seguidos por peixes
frescos, artigos de origem animal, pedras de cantaria ou de construção e
produtos de confeitaria sem cacau. As importações, por sua vez, totalizaram US$
41,8 milhões em 2024 e US$ 26,9 milhões em 2025.

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