Em 2024, o escoamento foi
prejudicado pelas fortes chuvas na região produtora, o que inviabilizou os
embarques no início do ano. Já em 2025, os carregamentos ocorreram de forma
plena, com embarques regulares em janeiro e fevereiro. O volume total exportado
passou de 46,4 mil toneladas na safra 2023/2024 para 131,5 mil toneladas na
safra 2024/2025. Além de melões, melancias e mamões, o porto também embarcou
mangas, uvas e limões, ampliando a diversidade da pauta exportadora potiguar.
O presidente do Comitê
Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), Fábio Queiroga,
explicou que o cenário de alta tem a ver, ainda, com mudanças promovidas pela
empresa Agrícola Famosa, que está em um processo de migração na forma de
escoamento.
“A Agrícola está migrando os
embarques de contêiner para o navio de porão, com saída unicamente pelo Porto
de Natal”, explicou. De acordo com Queiroga, o transporte feito por navios de
contêiner ocorria pelo Ceará. “A empresa fez um tratamento para trabalhar com
navios dedicados à própria mercadoria. Por isso está havendo um aumento
substancial da movimentação de frutas pelo terminal marítimo de Natal, o que
significa uma boa notícia. A gente torce para que essa saída continue
incrementando as movimentações, porque isso gera divisas para o RN”, pontua o
presidente do Coex.
Desempenho
Com os números da movimentação
portuária de janeiro a maio (156.076 toneladas), o Porto de Natal se junta aos
portos de Itaqui, no Maranhão – com alta de 12,28% no acumulado dos cinco
primeiros meses de 2025, na comparação com igual período do ano passado – e
Salvador, na Bahia (alta de 1,52% no mesmo recorte), como os destaques da
região Nordeste. Juntos, os três portos movimentaram 33,5 milhões de toneladas
este ano.
Dados da Companhia Docas do RN
(Codern) atualizados até junho já mostram um número ainda superior no acumulado
da movimentação portuária, com movimentações que somam 171.479 toneladas em
2025.
Em nota, Codern,
administradora do Porto de Natal, disse que o avanço demonstra a resiliência e
a força da cadeia produtiva potiguar, bem como a capacidade de resposta do
terminal diante de desafios climáticos e logísticos. “A Codern tem atuado
fortemente em parceria com os Governos Federal e Estadual para garantir
condições operacionais adequadas e oferecer infraestrutura eficiente aos nossos
parceiros exportadores”, afirmou em nota.
“O escoamento regular desde o
início do ano reflete um alinhamento estratégico entre o setor produtivo, os
trabalhadores portuários, operadores logísticos e a administração portuária”,
acrescenta a Codern.
Tribuna do Norte

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