Davi Pinheiro aponta que as
últimas imagens que mostram peixes mortos próximo a barragem, além de um drone
circulando na região, foram registradas por um pescador local há poucos dias.
Após receber as denúncias, ele esclarece que a Colônia notificou a Secretaria
de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco e aguarda que medidas sejam tomadas
para resolver o problema.
Entre as principais
reivindicações da entidade está a realização de uma análise da água da
barragem, diante da suspeita de que esteja sendo contaminada por agrotóxicos
usados por uma fazenda local, além do cumprimento das regras de distância entre
o manancial e propriedades rurais. “Espero que pelo menos o fazendeiro afaste a
pulverização da margem da barragem. O determinado é que [a distância] para o
manancial para não abastecimento é de 250 metros, enquanto para abastecimento
humano é de 500 metros”, afirma o presidente da Colônia.
Ainda segundo Davi Pinheiro, a
fazenda em questão pertence a um fazendeiro que possui outras terras
acompanhando o leito do rio por até 8 ou 10 quilômetros de distância da
barragem. “Então a gente tem um receio que essa pulverização esteja sendo feita
em toda a extensão das terras dele. Isso é prejudicial para o manancial de água
da Barragem de Poço Branco”, comenta.
Além dos impactos à fauna e à
flora local, o presidente da Colônia de Poço Branco teme que o problema traga
consequências econômicas para os pescadores. Atualmente, o município conta com
160 pescadores cadastrados na entidade e mais de 300 que não possuem cadastro.
“O impacto na cadeia alimentar aqui é grande. A gente tem receio que o pescado
e a água estejam contaminados com algum produto. A população em geral e os
pescadores dependem muito dessa barragem”, aponta.
Procurada pela reportagem da
Tribuna do Norte, a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco
informou que realiza nesta quinta-feira (10) uma vistoria no local junto ao
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado (Idema). A
reportagem aguarda retorno sobre os próximos passos após a fiscalização e
informações sobre a propriedade que estaria sendo responsável pela pulverização
perto da barragem de Poço Branco.
A Polícia Civil, por sua vez,
informou que equipes já se deslocaram até a propriedade às margens da barragem.
O objetivo inicial é verificar a veracidade das informações e entender como
surgiram os relatos iniciais. Questionada sobre os prazos para finalização das
investigações e sobre possíveis suspeitas ligadas à fazenda local, o órgão não
respondeu.
Tribuna do Norte

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