Somente nos primeiros seis
meses do ano, 11 novas empresas passaram a integrar o programa. Os novos
negócios abrangem áreas como inteligência artificial, educação, saúde mental, e
manutenção preditiva de aerogeradores. Desde a criação, em 2017, o programa já
apoiou cerca de 200 empresas, das quais 19 foram graduadas e continuam ativas
após quatro anos de incubação.
De acordo com o diretor do
Parque, Rodrigo Romão, a ascensão de startups com foco em IA teve papel central
no aumento da demanda por espaço. “Temos projetos muito voltados para
aplicações de IA, então isso veio ao encontro de um arranjo geral do IMD. A gente
está até para inaugurar nosso núcleo específico de inteligência artificial”,
afirma.
A ocupação total da incubadora
não significa estagnação. A estrutura do Metrópole Parque está passando por uma
reconfiguração interna para otimizar espaços e ampliar postos de trabalho. “A
gente está fazendo uma reforma naquele andar onde funciona a nossa incubadora,
com a ideia de otimizar espaços, ainda que a gente não vá ter mais tanto o
número de salas, mas talvez a gente consiga aumentar um pouco os postos de
trabalho para fazer um rearranjo de otimização, com ambientes rotativos, e de
coworking”, detalha o diretor do parque.
Mesmo com a limitação física,
o Parque mantém o processo seletivo aberto para a modalidade de incubação
remota. Estão disponíveis três vagas para pré-incubação e três para incubação,
todas no formato online. O edital permanece aberto até o dia 28 de julho e está
disponível no site do Parque. Os empreendimentos selecionados terão acesso a
benefícios como capacitações, assessorias, apoio à divulgação, uso de
auditórios e inserção na rede de inovação do Metrópole, a exemplo do que
acontece com a incubação convencional, naturalmente com a exceção do uso fixo
do espaço físico da incubadora.
Segundo Rodrigo Romão, o
modelo remoto já estava previsto desde o início do programa, inclusive como
forma de alcançar startups de fora do estado. “Normalmente uma startup que é
fora do Rio Grande do Norte não vai querer, num primeiro momento, se mobilizar
para o Estado, mas ela pode se vincular ao programa de forma remota. O arranjo
jurídico institucional para ter vínculo remoto já existe desde o início do
edital que está atualmente”, explica.
Embora o novo formato priorize
o vínculo remoto, o Parque permitirá que essas empresas também utilizem
esporadicamente o espaço físico, conforme necessidade. Para Romão, essa
flexibilidade deve fortalecer ainda mais o vínculo com o ecossistema. “Ela [a empresa]
poderá acessar o nosso prédio e usufruir de alguma questão do espaço físico”.
É justamente esse crescimento
do Parque, diz Romão, que tem atraído empresas de setores não tradicionais.
“Começaram a chegar startups da área de biotecnologia, nanotecnologia,
desenvolvedoras de IA, não só usuárias, e temos também o contexto do ambiente”,
relata o diretor. Segundo ele, a estrutura oferecida, aliada ao suporte técnico
tem feito do Parque uma verdadeira vitrine para o setor de inovação. “O espaço
físico, a infraestrutura, as assessorias que a gente consegue dar dentro da
metodologia, eu acho que o contexto que o parque está podendo oferecer é o que
está chamando muita atenção”, completa.
Tribuna do Norte

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