“O sistema nunca quis apenas
me tirar do caminho. A verdade é mais dura: querem me destruir por completo –
eliminar fisicamente, como já tentaram – para que possam, enfim, alcançar você.
O cidadão comum. A sua liberdade. A sua fé. A sua família. A sua forma de
pensar. Sem que reste qualquer possibilidade de reação”, escreveu.
Bolsonaro e outros 30 réus
respondem pela trama golpista, que, segundo a investigação, começou após o
então presidente não aceitar o resultado eleitoral de 2022, quando foi
derrotado nas urnas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia de Bolsonaro para
se livrar da prisão tem sido tentar converter sua causa própria em clamor
popular, utilizando até mesmo tentativa de intervenções estrangeiras na Justiça
brasileira. Exemplo disso é a guerra tarifária iniciada pelo presidente
americano Donald Trump, que taxou em 50% produtos brasileiros que cheguem aos
Estados Unidos, para que o Brasil recue no processo penal contra Bolsonaro.
Sem citar o relator da ação,
ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ou
qualquer outra autoridade, o ex-presidente afirma que “querem silenciar quem se
opõe”. “E se não podem calar com censura, tentam com ameaças, inquéritos,
prisão ou até com a morte. Não se enganem: se hoje fazem isso comigo, amanhã
será com você”, escreveu.
As alegações finais são a
última etapa antes do julgamento de fato ocorrer. A expectativa é que o
procurador-geral peça a condenação do ex-presidente. Não se sabe ainda se ele
incluirá no documento manifestação sobre prisão antecipada do réu.
Como mostrou o Estadão, a
prisão preventiva pode ocorrer mesmo antes da condenação, amparada no Código
Penal, em casos motivados para “garantia da ordem pública, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova de existência do crime e indícios suficientes da autoria”.
Estadão Conteúdo

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