“O Banco Central é um órgão técnico, que toma decisões baseadas em critérios técnicos. O timing técnico é diferente do timing político”, disse. “Por isso que a autonomia (do BC) é importante: para dar à sociedade a garantia de que a gente tem funcionários técnicos e que tomamos decisões sem viés político”.
Em sua palestra na manhã de
ontem no evento do Lide com empresários e autoridades em Londres, Pacheco fez
coro às pressões do PT e do Palácio do Planalto pela redução da taxa de juros,
que está em 13,75%. Antes da fala de Campos Neto nesta sexta-feira, Pacheco
voltou a falar na “reivindicação” e “súplica” do Senado para que se reduza a
taxa de juros.
No debate após sua fala,
Campos Neto foi questionado se a autonomia do Banco Central estaria sob risco e
minimizou a pressão do governo federal. “O debate sobre juros é normal. A
autonomia do Banco Central não está em risco”, respondeu.
O presidente do BC voltou a
elogiar o projeto de arcabouço fiscal, enviado na terça-feira
pelo governo ao Congresso. “O arcabouço fiscal está na direção certa. É preciso trabalhar
a comunicação. Pode ser que tenham reparos e melhorias no Congresso”, opinou.
O tema do arcabouço uniu os presidentes do Senado e do Banco Central. Rodrigo Pacheco disse que o projeto enviado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recebido com “otimismo” no Senado. “A linha apresentada pelo ministro Fernando Haddad agradou de sobremaneira a maioria dos líderes que compõem o Senado Federal”, comentou Pacheco. “Eu devo reconhecer que o teto de gastos foi muito útil para sustentar o Brasil em crises agudas. Mas chegou o momento de haver a substituição do teto de gastos”.
Conteúdo: Estadão
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