segunda-feira, 6 de março de 2023

Em 2022, 495 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil

Em 2022, 495 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil. Do total de crimes, 75% foram causados por companheiros e ex-companheiros, tendo como motivação brigas e términos de relacionamento. Os dados são do terceiro relatório "Elas  Vivem: dados que não se calam", elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança, lançado nesta semana. 

Ao todo, o levantamento identificou casos de feminicídio em sete estados brasileiros, dentre os quais São Paulo aparece liderando o número de casos com 109 registros do crime. Na sequência, aparecem  Rio de Janeiro (103),  Bahia (91), Pernambuco (59), Maranhão (57),  Piauí (48) e Ceará (28).

De acordo com a pesquisadora Larissa Neves, da Rede de Observatórios da Segurança, em entrevista ao UOL, o cenário pode ser explicado por fatores como acesso facilitado a armas e armamentos; violência política durante as eleições e em todo o ano passado; crise econômica e falta de medidas de prevenção efetivas. Ela destaca, ainda, o papel do "desmonte nas políticas públicas no país" durante o governo de Jair Bolsonaro para o agravamento do número de casos. 

Na ótica de Neves, uma das medidas urgentes a serem tomadas para combater o feminicídio e a violência contra a mulher é aumentar a proteção judicial das mulheres que conseguem chegar até as delegacias e casas de acolhimentos. O feminicídio, vale lembrar, é o termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero. No Brasil, a Lei do Feminicídio, de 2015, estabelece que, quando o homicídio é cometido contra uma mulher, a pena é maior. 

A violência contra a mulher, por sua vez, inclui tentativa de feminicídio/agressão física; feminicídio; homicídio; violência sexual/estupro; tortura/cárcere privado/sequestro; agressão verbal/ameaça; tentativa de homicídio; transfeminicídio, bala perdida e outros. O levantamento identificou 2.423 casos desse crime distribuídos na Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí. 

*Com informações do UOL 

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